Sindicatos e líderes de partidos opositores a Bolsonaro argumentam que auxílio emergencial poderia ser mantido em R$ 600; entenda discussão
Marcos Corrêa/PR
Sindicatos e líderes de partidos opositores a Bolsonaro argumentam que auxílio emergencial poderia ser mantido em R$ 600; entenda discussão

Nesta terça-feira (1), o governo  Bolsonaro anunciou a prorrogação do  auxílio emergencial até dezembro, reduzido para R$ 300. Mais tarde, o presidente da Câmara dos deputados,  Rodrigo Maia respondeu à oposição, dizendo que o tema deve ser tratado com cuidado nesta etapa em que o auxílio emergencial reduzido precisa ter o  aval do Congresso. A oposição argumenta que o valor deveria ser mantido em R$ 600.

Centrais sindicais divulgaram, nesta terça, uma carta aberta pressionando pela manutenção do auxílio emergencial em R$ 600. Os sindicatos querem agora pressionar parlamentares pela mudança da MP (medida provisória) que Bolsonaro deverá enviar ao Congresso, reduzindo o valor das parcelas para R$ 300.

"Consideramos essencial que as inciativas continuem no sentido de sustentar a renda das pessoas e famílias, estendendo os efeitos positivos de proteção social e de manutenção da demanda das famílias", afirmam em nota os presidentes da CUT, Força Sindical, UGT, CTB, NCST e CSB.

Líderes da oposição também se manifestaram com a redução do auxílio para R$ 300. "Bolsonaro surfou na produção da oposição e do Congresso Nacional e ganhou popularidade. Mas, agora, se revela através da proposta dos R$ 300, que não resolve o problema das famílias e nem ajuda a mudar a realidade da economia em retração", diz Rogério Carvalho (PT-SE), líder do Partido dos Trabalhadores no Senado.

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A oposição argumenta que se as grandes fortunas fossem taxadas, mudando a estrutura de recolhimento de impostos no Brasil, o auxílio emergencial poderia ser mantido.

"O povo precisa entender que Bolsonaro não tem apreço pela vida e nem compromisso em evitar a miséria no Brasil", afirma Carvalho.

O deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ) afirmou à coluna de Leonardo Sakamoto, do Uol, que a proposta mostra que o presidente da República mantém como prioridade o interesse dos mais ricos.

"Quem diz que governa para todo mundo, mente para alguém. Bolsonaro e Guedes priorizam os interesses dos bancos. Sempre quiseram pagar pouco aos pobres", diz. "Além de desumano, é inconsequente com a economia."

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