O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quarta-feira (11) que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) teve um aumento de 0,26% em setembro em comparação com o mês anterior, seguindo uma elevação de 0,23% em agosto. Em setembro de 2022, o índice havia registrado uma variação de -0,29%.
No acumulado do ano, a inflação atingiu 3,50%, enquanto nos últimos 12 meses, chegou a 5,19%, superando os 4,61% registrados no período imediatamente anterior. A meta de inflação estabelecida para 2023 é de 3,25%, conforme determinado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. Dentro dessa meta, o IPCA pode variar entre 1,75% e 4,75%.
O maior aumento foi no grupo de transportes, com alta de 1,40%, principalmente devido ao aumento da gasolina em 2,8%. Combustíveis subiram 2,70%, destacando-se o óleo diesel com 10,11% de aumento e o gás veicular com 0,66%. O preço do etanol, no entanto, caiu 0,62%.
Em setembro, seis dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram aumento de preços. Transportes liderou, contribuindo com 0,29 ponto percentual e uma variação de 1,40%, seguido por Habitação, com 0,47% de aumento e uma contribuição de 0,07 ponto percentual.
O grupo de Alimentação e Bebidas se destaca pelas quedas, registrando reduções pelo quarto mês consecutivo (-0,71% e -0,15 p.p.). Os demais grupos variaram entre -0,58% em Artigos de Residência e 0,45% em Despesas Pessoais. A diminuição nos preços do grupo se deve principalmente à redução nos custos da alimentação no domicílio (-1,02%).
O IBGE registrou quedas significativas nos preços da batata-inglesa (-10,41%), cebola (-8,08%), ovo de galinha (-4,96%), leite longa vida (-4,06%) e carnes (-2,10%). Por outro lado, o arroz (3,20%) e o tomate (2,89%) apresentaram aumento de preço.
O índice foi calculado comparando os preços coletados de 30 de agosto a 28 de setembro de 2023 (referência) com os preços vigentes entre 29 de julho e 29 de agosto de 2023 (base).
O IPCA, calculado pelo IBGE desde 1980,
representa famílias com rendimento de 01 a 40 salários-mínimos, independentemente da fonte de renda. Ele abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e Brasília.