É a segunda vez que a CVM investiga empresa durante governo Bolsonaro
Redação 1Bilhão
É a segunda vez que a CVM investiga empresa durante governo Bolsonaro

A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) abriu um processo nesta quarta-feira (30) para investigar a troca de presidente na Petrobras. O órgão quer saber se a companhia informou corretamente os acionistas sobre a substituição de Joaquim Silva e Luna por Adriano Pires. A informação foi adiantada pelo Poder 360.

A CVM estipula que assuntos sensíveis aos acionistas e investidores sejam informados por meio de fato relevante e comunicados oficiais. A troca, no entanto, já era sabida pela imprensa antes do comunicado oficial. 

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Não é a primeira vez que o órgão regulador investigará a estatal durante o governo Bolsonaro. A primeira vez foi na troca do penúltimo presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco. O anúncio da troca foi feito por live do presidente Jair Bolsonaro (PL) e confirmada pela estatal no dia seguinte. 

Em um dos processos, foi analisada a declaração de Bolsonaro de que "algo vai acontecer" na estatal após a companhia reajustar os preços no dia 19 de fevereiro de 2021. Nesse caso, o processo, aberto no dia seguinte, também analisou o cumprimento dos deveres de divulgação de informações pelos acionistas controladores, administradores e demais pessoas relacionadas à Petrobras.

CVM também investigou informação privilegiada

A CVM também apurou se houve algum tipo de  vazamento de informação envolvendo futura divulgação de preços dos combustíveis por parte da Petrobras.

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O presidente Jair Bolsonaro disse que a estatal iria fazer uma série de pequenas reduções no preço dos combustíveis a partir desta semana. A CVM analisa a conduta da União no caso envolvendo a divulgação de notícias por parte da estatal.

Troca

Nesta terça, o presidente Jair Bolsonaro classificou a substituição como "de rotina" . Já Mourão  elogiou Silva e Luna e minimizou o descontentamento do general com a forma como sua demissão foi anunciada. 

"O Silva e Luna é um dos oficiais mais completos e preparados da nossa geração, digo o pessoal formado na Academia Militar na primeira metade dos anos 70. Ele já foi ministro da Defesa, foi presidente de Itaipu; agora estava na Petrobras, fez um excelente trabalho na Petrobras, então ele está tranquilo, ele é um cara muito tranquilo", disse o vice.

Em 11 meses da gestão do general Joaquim Silva e Luna à frente da presidência da Petrobras, os preços da gasolina e do gás de botijão subiram em média 27%. O diesel teve alta de 47% e o GNV (gás veicular) aumentou em 44%.

Ele foi substituído por  Adriano Pires , especialista do setor de óleo e gás, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE) e com interlocução com políticos em Brasília, já se manifestou diversas vezes a favor da política de preços da Petrobras , que repassa flutuações nas cotações do dólar e do petróleo. Classificou tentativas de controle de preços como populistas.

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