No Brasil, 4 a cada 10 jovens perderam a renda na pandemia e 14% trabalha mais
Fernando Frazão/Agência Brasil
No Brasil, 4 a cada 10 jovens perderam a renda na pandemia e 14% trabalha mais

Na atual crise da pandemia de Covid-19, 4 a cada 10 jovens brasileiros perderam sua renda ou a viram diminuir. Isso é o que mostra a pesquisa Juventudes e a Pandemia de Coronavírus, realizada pelo Conselho Nacional da Juventude (CONJUVE) com 33.688  jovens de 15 a 29 anos de todo o Brasil. 

O estudo foi feito em parceria com as organizações: Fundação Roberto Marinho, Rede Conhecimento Social, Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) , Em Movimento, Visão Mundial, Mapa Educação e Porvir. 

Ainda no campo do emprego e da renda, 14% dos jovens declararam estar trabalhando com carga horária maior.  Outros 27% pararam de trabalhar, sendo 7% por terem sido demitidos. Dentro da porcentagem de demitidos, 1% teve como motivação o fechamento da empresa em que trabalhavam.

Quando o assunto é a renda familiar, o cenário é de que  metade dos jovens tiveram perda ou diminuição da renda em toda a família.

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Além de emprego, economia e renda, o questionário de 48 perguntas foi dividido em outros blocos temáticos: perfil socioeconômico, informação, hábitos, educação e aprendizagem, saúde e bem-estar, contexto e expectativas.

Sobre ações que consideram muito importantes para a retomada, 96% dos jovens acham que o principal é a descoberta da vacina para o novo coronavírus (Sars-Cov-2) e 85% apontam a acesso a testes como primordial.

Também 85% dos jovens consideram a volta ao convívio familiar e com os amigos imprescindível. A volta ao ensino presencial foi tido como importante por 88% dos pesquisados, enquanto 77% indicam que a volta ao trabalho e a perspectiva de voltar a ter a mesma renda (pessoal ou familiar) são também importantes.

Impactos no bem-estar

Dos jovens entrevistados, 70% relataram piora em seu estado emocional e 66% notaram isso em relação a seu condicionamento físico. Isso pode ter relação com o fato de que 73% relataram diminuição ou ausência de atividades de lazer e cultura, com 55% destacando efeitos inclusive na qualidade do sono.

Entre os sintomas, destacam-se ansiedade (62%) , tédio (57%), impaciência (54%), sobrecarga (52%), exaustão e impotência (ambas com 50%). Sobre outros sentimentos, 51% dos jovens se sentem tristes e 48% se declararam assustados e inseguros. 

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