Em meio à indefinição do governo federal
em relação ao calendário de pagamentos da terceira parcela do auxílio emergencial, a Caixa Econômica Federal segue fazendo os depósitos para os que ingressaram no programa por serem inscritos no Bolsa Família. Nesta quinta-feira (23), recebem cerca de 1,9 milhão de pessoas.
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Separados pelo último dígito do Número de Identificação Social (NIS), no caso dos inscritos no Bolsa Família, os pagamentos da terceira parcela do auxílio emergencial começaram na quarta-feira (17) e vão até o fim do mês, na terça-feira (30). Nesta quinta (25), recebem os que têm NIS terminado em 7.
A quantia de R$ 600 ou, no caso de mães de família, de R$ 1.200, poderá ser recebida da mesma forma que o benefício regular, ou seja, nos canais de autoatendimento, nas unidades lotéricas, nos correspondentes Caixa Aqui ou por crédito na conta Caixa Fácil, utilizando o cartão antigo do Bolsa Família .
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Quem recebe o auxílio por ser beneficiário do programa social não precisa esperar por um segundo calendário para sacar o dinheiro, já que o saque é imediato. A partir do dia da liberação, já é possível movimentar os recursos, seja por meio de transferências ou mesmo sacando o dinheiro em espécie.
Confira os próximos pagamentos da 3ª parcela para inscritos no Bolsa Família
- Quinta-feira (25) - 1.921.061 pessoas das 1.355.907 de famílias beneficiárias do Bolsa Família cujo último digito do NIS é igual a 7;
- Sexta-feira (26) - 1.917.991 pessoas das 1.353.741 de famílias beneficiárias do Bolsa Família cujo último digito do NIS é igual a 8;
- Segunda-feira (29) - 1.920.953 pessoas das 1.355.831 de famílias beneficiárias do Bolsa Família cujo último digito do NIS é igual a 9; e
- Terça-feira (30) - 1.918.047 pessoas das 1.353.780 de famílias beneficiárias do Bolsa Família cujo último digito do NIS é igual a 0.
Por enquanto, a terceira parcela do auxílio é exclusividade de quem faz parte do Bolsa Família. O governo ainda não definiu os novos calendários de depósitos e saques, e o atraso já faz brasileiros sentirem a necessidade do dinheiro. Não há sequer uma explicação sobre o que motiva o atraso por parte do Ministério da Cidadania, da Dataprev e da própria Caixa, quem paga o auxílio. O banco público só diz que o calendário completo deve sair nos próximos dias, mas não define sequer a programação para divulgar a já atrasada agenda.
Além de não informar o calendário da terceira parcela, o governo também não oficializou até esta quinta-feira a ampliação do número de parcelas do auxílio. A intenção, confirmada em reunião ministerial, é de criar quarta e quinta parcelas, mas reduzir o valor delas de R$ 600 para R$ 300. Parte do Congresso, sobretudo a oposição a Jair Bolsonaro , é contra o corte pela metade e defende mais três parcelas de R$ 600. Com a rejeição do corte do auxílio pela metade, informações mais recentes vindas do Planalto indicam estudos para que as parcelas variem entre R$ 300 e R$ 500, custando menos do que hoje mas não impondo um corte tão drástico e imediato.
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), faz parte do grupo que defende o auxílio com o valor originalmente aprovado, de R$ 600, em mais duas parcelas. Segundo ele, isso " Não vai quebrar o País ". O Movimento Renda Brasil , por sua vez, pressiona o governo para manter o auxílio até o fim do ano e tirar um dos impecilhos previsto na lei.