Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara, voltou a defender a ampliação do auxílio com a manutenção do valor de R$ 600
Marcelo Camargo/Agência Brasil
Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara, voltou a defender a ampliação do auxílio com a manutenção do valor de R$ 600

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), voltou a defender nesta terça-feira (23) a ampliação do auxílio emergencial de R$ 600 pago a trabalhadores informais, desempregados e autônomos por mais um ou dois meses. Maia contrapôs  o que vem defendendo o presidente Jair Bolsonaro e disse que ampliar o número de parcelas mantendo o valor de R$ 600 não vai "quebrar" o País financeiramente.

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"É exagero de quem diz isso", continuou Maia , em videoconferência promovida pela Câmara de Comércio França-Brasil nesta terça. Enquanto, segundo o presidente da Câmara, a  maioria dos deputados apoia a manutenção do valor de R$ 600 nas novas parcelas do auxílio emergencial , o Ministério da Economia defende a extensão por dois meses, mas seguindo a quantia de R$ 300 por parcela.

Maia defendeu também que é o momento de pensar em um "grande programa com foco na renda dos mais vulneráveis". Segundo ele, porém, pagar os R$ 600 por tempo indeterminado seria "inviável" para as contas públicas.

O presidente da Câmara ainda criticou o cadastro que foi utilizado pelo governo federal para pagar os R$ 600, disse que ele "gerou confusão" e apontou para o fato de não terem sido aproveitados os dados que os municípios já tinham dos cidadãos, o que facilitaria e poderia agilizar a liberação dos recursos. Maia disse que o governo de  Jair Bolsonaro deveria adotar um "pente-fino" na lista dos beneficiários do auxílio, de modo a eliminar os que receberam indevidamente ou não precisam da quantia.

Além da falta de organização, Maia criticou também a demora no pagamento e a indefinição no calendário da terceira parcela. O deputado cobrou respostas "no curto prazo" para que o auxílio tenha seu efeito emergencial cumprido e disse que, para o futuro, o governo deve estudar a criação de uma renda mínima aos mais pobres que esteja baseada no Cadastro Único e no Bolsa Família. Paulo Guedes , ministro da Economia, chegou a adiantar um programa com ideias similares, o " Renda Brasil ".

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