A Receita Federal multou os empresários bolsonaristas Luciano Hang, o 'Véio da Havan', Flávio Rocha, da Riachuelo, Junior Durski, do Madero, e mais cinco donos de grandes empresas por supostas manobras tributárias, que, segundo auditores do órgão, buscavam evitar o pagamento de impostos integralmente. De acordo com levantamento da Folha de S.Paulo , os oito empresários devem cerca de R$ 650 milhões.
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A Receita aponta entre as irregularidades cometidas a simulação de operações de compra e venda de aeronaves e ainda o uso de documentos falsificados para o recolhimento de contribuições previdenciárias. Além de Hang, Rocha e Durski, fazem parte da lista ainda os também bolsonaristas Salim Mattar, um dos fundadores da Localiza e que hoje ocupa o cargo de Secretário Especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados do Ministério da Economia; Rubens Menin, co-fundador da MRV Engenharia e do Banco Inter e principal acionista da CNN Brasil ; Edgar Corona, dono da SmartFit; e Sebastião Bonfim, da Centauro.
O valor de R$ 650 milhões é cobrado pela Receita Federal são contestados no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), a última instância de questionamentos no poder Executivo.
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Além disso, há também registros na Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGNF) e cobranças aos empresários após ações judiciais que transitam em julgado e foram registradas na dívida ativa da União.
Em janeiro deste ano, Salim Mattar e Rubens Menin , dois dos empresários citados, já haviam sido cobrados e recorreram ao Carf da multa aplicada pelo fisco, que era de cerca de R$ 140 milhões.
Luciano Hang , dono das lojas Havan, é o recordista em infrações no Carf, de acordo com a Folha . Na Receita Federal, a empresa deve pelo menos R$ 57,9 milhões. A PGFN cobra ainda R$ 13,2 milhões, e há mais R$ 123 milhões em dívidas parceladas pelo último programa de repactuação de dívidas tributárias, o Refis.
Em um dos casos, o dono da Havan teria sonegado valores que devia em contribuição previdenciária de seus funcionários e teria usado documento que comprovaria a existência de supostos créditos a serem compensados. A Receita, por sua vez, garante que esses créditos nunca existiram. A autuação desse caso é de 2013, e remete a outro caso, de dez anos antes, em que o bolsonarissta cometeu infração e foi condenado, mas se livrou de cumprir pena após acordo.