O presidente eleito Jair Bolsonaro declarou, nesta quinta-feira (29), que a privatização do Banco do Brasil (BB) e da Caixa Econômica Federal não devem acontecer durante sua gestão. A afirmação foi feita após a saída de Bolsonaro de um evento na Vila Militar, no Rio de Janeiro.
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De acordo com o futuro presidente, a privatização
de empresas consideradas estratégicas para o País não vão acontecer. "Algumas privatizações ocorrerão. Outras, estratégicas, não. Banco do Brasil e Caixa Econômica não está no nosso radar, disse.
Ele também citou a importância de estudar a venda de cada estatal antes de tomar uma decisão. "Não é jogar para cima e ficar livre. Qualquer privatização tem que ser responsável", afirmou.
Antes de ser eleito, Bolsonaro já havia dito ser a favor das privatizações, mas com resistência a empresas consideradas “estratégicas” ao Estado, como a Eletrobras e a Petrobras. Na época, às vésperas do segundo turno das eleições 2018, o então candidato havia citado o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal e a Furnas como outros exemplos de estatis que não planejava ceder à iniciativa privada.
Novos presidentes da Caixa e do BB falam em privatização
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O economista Rubem Novaes
, indicado para assumir a presidência do Banco do Brasil
durante o governo de Jair Bolsonaro afirmou, na quinta-feira passada (22), que deve "privatizar o que for possível"
dentro da instituição financeira. Segundo ele, essas foram as recomendações recebidas tanto de Paulo Guedes
, futuro superministro da Economia, como do próprio presidente eleito.
De acordo com Novaes, a possibilidade de privatização total da instituição financeira foi descartada. Ele declarou, entretanto, que "braços" do banco devem ser colocados à venda.
Pedro Guimarães , indicado por Paulo Guedes para comandar a Caixa Econômica Federal no governo Bolsonaro, é sócio do banco de investimentos Brasil Plural e especialista em processos de privatizações. O futuro presidente da Caixa acompanhou, por exemplo, a privatização do Banespa, antigo banco estadual de São Paulo.
Reforma de Temer é "um pouquinho agressiva"
O presidente eleito também aproveitou a ocasião para falar sobre a reforma da Previdência . Para ele, é improvável que uma aprovação aconteça ainda neste ano. "No corrente ano é dificil qualquer reforma andar", disse. "O Parlamento está dividido porque metade não se reelegeu".
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Além de se declarar contrário a privatização
do Banco do Brasil e da Caixa, Bolsonaro também afirmou que vai oferecer uma nova proposta de reforma no início de sua gestão, já que considera o texto de Michel Temer "um pouquinho agressiva para com o trabalhador".