Rubem Novaes, indicado por Paulo Guedes para comandar o Banco do Brasil, é doutor em economia pela Universidade de Chicago (Estados Unidos) e já trabalhou no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Novaes também deu aulas na Fundação Getulio Vargas (FGV) e já foi presidente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).
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O economista e futuro presidente do Banco do Brasil (BB), assim como quase todos os outros indicados para a equipe econômica do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), é muito próximo a Paulo Guedes, futuro "superministro" da Economia do novo governo. Segundo apurou o blog do Valdo Cruz, do portal G1 , os dois se conheceram quando estudavam em Chicago.
No próximo ano, Novaes vai substituir Marcelo Augusto Dutra Labuto, atual presidente do BB. Labuto, ex-vice-presidente de Negócios e Varejo do banco estatal, passou a comandar a instituição no último dia 5, substituindo Paulo Caffarelli, que optou por seguir carreira no setor privado e assumiu a presidência da Cielo cerca de duas semanas antes.
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Recentemente, além de Novaes, também foram definidos Pedro Guimarães para chefiar a Caixa Econômica Federal; Roberto Castello Branco para a Petrobras; Roberto Campos Neto para o Banco Central; Joaquim Levy para a presidência do BNDES; e a continuidade de Mansueto Almeida na secretaria do Tesouro Nacional.
Último balanço do Banco do Brasil
O BB teve lucro de R$ 3,4 bilhões no terceiro trimestre de 2018, 14,3% a mais do que no trimestre anterior. No mesmo período do ano passado, o lucro havia aumentado 12,8% ante o segundo trimestre de 2017. As informações foram divulgadas no último dia 8, na cidade de São Paulo.
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Ainda segundo o balanço do período, o lucro do banco estatal foi de 165% ante o primeiro trimestre de 2016. A carteira de crédito atingiu R$ 686,3 bilhões em setembro de 2018, uma elevação de 0,1% em relação a junho e de 1,4% na comparação com setembro do ano passado.
De acordo com os dados, a carteira de crédito para as pessoas físicas cresceu 2% e atingiu R$ 184,6 bilhões em setembro. O aumento está relacionado à diversificação do mix, que inclui financiamento de veículos, cartão de crédito, financiamento imobiliário, crédito consignado, CDC Salário e empréstimo pessoal. Em junho de 2018, esse valor foi de R$181 bilhões.
As contratações de crédito imobiliário para pessoa física registraram alta de 73,1% de janeiro a setembro e totalizaram R$ 6,6 bilhões, ante os R$ 3,8 bilhões dos nove primeiros anos de 2017. O saldo da carteira de crédito imobiliário aumentou 9,9%, chegando em R$ 48 bilhões em setembro passado – mais de R$ 4 bilhões acima do registrado no mesmo mês de 2017.
Os dados mostram ainda que a carteira de pessoa jurídica somou R$ 263,9 bilhões em setembro, dos quais R$ 39 bilhões de micro e pequenas empresas (MPE) e R$ 224,9 bilhões de médias e grandes empresas e governo. O valor representa um aumento de 0,2% em relação a junho de 2018.
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“A carteira das MPEs está em quase R$ 40 bilhões porque tem um perfil diferente de quando estava em um patamar de R$ 100 bilhões. Com este mix que estamos constituindo agora, é difícil atingir esse mesmo patamar em um curto espaço de tempo", explicou o atual presidente do Banco do Brasil , Marcelo Labuto. "A expectativa é começar a retomar o crescimento a partir [dos dados coletados após o mês] de setembro".
*Com informações da Agência Brasil