O economista Rubem Novaes, indicado para assumir a presidência do Banco do Brasil (BB) durante o governo de Jair Bolsonaro afirmou, na quinta-feira (22), que deve "privatizar o que for possível" dentro da instituição financeira.
Novaes foi indicado para comandar a instituição financeira na tarde de ontem (22), pelo futuro ministro da Economia, Paulo Guedes. Segundo Novaes, as recomendações sobre possíveis privatizações no Banco do Brasil foram recebidas diretamente de Guedes e do presidente eleito.
"A orientação é eficiência, enxugamento e privatização do que for possível. Vamos buscar bons resultados e tornar o banco cada vez mais competitivo, mas de uma maneira enxuta", afirmou o provável próximo presidente do BB.
De acordo com Novaes, a possibilidade de privatização total da instituição financeira foi descartada. Ele declarou, entretanto, que "braços" do banco devem ser colocados à venda.
Quando perguntado sobre quais braços poderiam ser negociados, Novaes citou que ainda é cedo para falar no assunto. "Isso está muito prematuro para eu detalhar. Primeiro, preciso tomar ciência da situação do banco, das pessoas que estão lá, pensar na formação da equipe", disse.
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Apesar de evitar dizer quais partes do BB poderiam ser negociadas, ele adiantou que o modo de negociar a privatização vai mudar. "[Vamos] procurar fazer operações que mobilizem o mercado de capitais, com o máximo de transparência possível. Aquela fase de privatização em que você direcionava venda para determinados compradores, que montava aqueles consórcios de compra, [isso] está ultrapassado", explicou.
Conheça o futuro presidente do Banco do Brasil
Rubem Novaes
é doutor em economia pela Universidade de Chicago (Estados Unidos) e já trabalhou no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Ele também deu aulas na Fundação Getulio Vargas (FGV) e já foi presidente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).
O economista, assim como quase todos os outros indicados para a equipe econômica do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), é muito próximo a Paulo Guedes. Os dois teriam se conhecido quando estudavam em Chicago.
A escolha de Novaes para presidir o Banco do Brasil
foi feita após resistência da ala política de Bolsonaro ao nome de Ivan Monteiro, atual presidente da Petrobras. De acordo com informações do jornal Folha de S. Paulo
, o nome de Monteiro, que havia sido indicado anteriormente
para o cargo, foi rejeitado pelo grupo do presidente eleito por ter trabalhado na estatal durante a gestão do Partido dos Trabalhadores (PT), dando o lugar a Novaes.
*Com informações da Agência Brasil