O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que são "fake news" os documentos vazados que indicam que a pasta estaria estudando o reajuste do salário mínimo abaixo da inflação
e o fim das deduções de despesas com saúde e educação no Imposto de Renda da Pessoa Física
(IRPF).
Os documentos foram vazados, respectivamente, pelos jornais Folha de S. Paulo e Estadão, e causaram incômodo no governo. Nesta terça-feira (25), em evento da Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), Guedes alegou que as notícias são uma "mentira deslavada".
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"Cada dia tem uma notícia nova de que nós estamos querendo fabricar maldades. Isso é uma vergonha, um roubo de esperança. É fake news", afirmou o ministro, que acrescentou que o objetivo da mídia é "criar desassossego na classe média brasileira".
Na última semana, um documento do ministério da Economia obtido pelo jornal Folha de S. Paulo revelou que a equipe técnica de Guedes estudava reajustar o salário mínimo, as aposentadorias e demais benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) abaixo da inflação. O objetivo seria reduzir despesas que pressionam o Orçamento.
Depois da notícia vir à tona, Guedes negou a medida e disse que está garantido o reajuste acima da inflação para o próximo ano. No Orçamento de 2023 enviado pelo governo ao Congresso, porém, está previsto apenas a correção pela inflação.
Nesta semana, outro documento divulgado pelo Estadão revelou que técnicos do ministério da Economia estudavam acabar com as deduções de despesas com saúde e educação no IRPF, o que afetaria, sobretudo, a classe média.
No evento da OCB, Guedes se comprometeu a não concretizar a medida que, segundo ele, já foi "recusada e descartada". "Vou deixar claro o seguinte: não vamos tirar as isenções da classe média para despesas com saúde e educação. Fiquem tranquilos, fiquem seguros, vocês já nos conhecem", afirmou o ministro.
Guedes ainda afirmou que o governo quer "aumentar a isenção para as faixas mais baixas, de forma que elas não tenham que recolher o imposto de renda".
Sem provas, o chefe da pasta disse que os vazamentos de documentos internos do ministério da Economia para a imprensa acontece por uma "combinação de aparelho petista dentro do governo com militância de mídia".
"Tem petista aqui dentro [do ministério da Economia], ele senta, faz um documento e começa a vazar para a imprensa como se fosse um plano do governo. Ele mesmo faz o estudo e ele mesmo vaza, para um jornalista que possivelmente é militante", acusou Guedes.
Confira a fala do ministro no evento da OCB: