O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta terça-feira (25) que "deve ter muito petista dentro do ministério" vazando documentos oficiais. Sem apresentar provas, o chefe da pasta se referia a recentes estudos divulgados pela imprensa, apontando para o reajuste do salário mínimo abaixo da inflação
e para o fim da dedução de gastos com educação e saúde
no Imposto de Renda.
Em evento da Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), Guedes negou os planos e disse que as informações são "militância da mídia". "Algum, possivelmente petista, dentro [do ministério], pois eles contrataram 160 mil pessoas, deve ter muito petista dentro do ministério. Eles pegam um trabalho que não tem o menor aval nosso ou apoio, e jamais decidimos qualquer coisa nessa direção e aí fazem um trabalhinho deles, interno, coisa deles mesmo, e passam para jornalistas", afirmou o ministro.
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Na última semana, a Folha de S. Paulo revelou que o ministério estuda mudar a forma como o salário mínimo é reajustado, fazendo com que ele seja corrigido abaixo da inflação. Já nesta terça-feira, o Estadão revelou que a pasta estuda acabar com a deducação de gastos com saúde e educação no Imposto de Renda.
"Não vamos dar susto em ninguém, não tem pacote do Guedes. Tudo o que vamos fazer anunciamos antes", disse Guedes.
Guedes mente sobre Lula
No mesmo evento, o ministro afirmou que "o outro lado" quer acabar com o Simples Nacional, programa de simplificação tributária voltado para pequenas e médias empresas. A acusação foi feita sem citar diretamente o ex-presidente e candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
"Tem gente do outro lado querendo acabar com o Simples, com os regimes especiais para cooperativas, enquanto nós estamos fazendo da outra forma", afirmou Guedes.
No plano de governo de Lula, porém, não há qualquer menção a acabar com o Simples Nacional. Em um manifesto, a campanha do petista chegou a anunciar propostas para micro e pequenos empresários, incluindo a criação de um ministério para o setor.