O governo federal não vai antecipar as parcelas do Auxílio Brasil
de setembro, como ocorreu em agosto, devido à inconsistências nos dados das contrapartidas exigidas pelo programa, como frequência escolar e vacinação.
Os pagamentos serão realizados seguindo o calendário original, a partir do dia 19. A mudança foi determinada em instrução normativa, publicada no "Diário Oficial da União".
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A intenção inicial era que o pagamento começasse nesta sexta-feira (9), assim como no mês passado, e seguisse durante dez dias úteis. Com o Bolsa Família, o dinheiro caía na conta nos últimos dez dias úteis do mês.
Além do atraso, a Caixa Econômica Federal, responsável pelos repasses, também enfrenta problemas com dados para pagamento digital, além de zeragem da fila, informa o jornal Jota.
O benefício paga R$ 600, graças aos R$ 200 adicionais liberados pelo governo até dezembro deste ano. A proposta de orçamento do próximo ano, enviada recentemente pelo governo federal ao Legislativo, não contempla prorrogação do benefício em R$ 600.
Teto do consignado
Outro ponto em debate no governo é a imposição de um teto de juros no consignado para beneficiários do Auxílio Brasil.
Inicialmente, a Medida Provisória não regulamentava os juros a serem sobrados, mas a pasta já estuda trabalhar com a taxa cobrada dos aposentados do INSS, de 2,14% ao mês, ou 28,9% ao ano.
No mercado, as alíquotas chegam a 100% do valor do benefício.
A principal questão hoje é se o tabelamento de juros pode ser feito no âmbito da portaria do ministério da Cidadania ou se demanda medida do ministério da Economia ou do Banco Central.