Os servidores do Banco Central, decidiram nesta terça-feira (24), continuar em greve por tempo indeterminado. O movimento foi aprovado por 90% dos votos válidos em assembleia deliberativa realizada pelo Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal).
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A categoria reivindica reajuste salarial de 27% para repor as perdas inflacionárias nos últimos três anos sem aumentos, além de reestruturação de carreiras.
A greve dos servidores do BC teve início em 1º de abril, mas foi suspensa entre os dias 20 de abril e 2 de maio como um "voto de confiança" no presidente da instituição, Roberto Campos Neto, e nas tentativas de negociação com o governo. Sem avanços, a paralisação foi retomada no dia 3 de maio.
Na semana passada, a categoria já havia decidido permanecer de braços cruzados.
A paralisação tem prejudicado a publicação de diversos relatórios e indicadores econômicos da entidade monetária, como o Boletim Focus.
Desde ontem, funcionários do Tesouro Nacional também estão parados. Já os da Controladoria-Geral da União (CGU) iniciam movimento paredista na próxima segunda (30).
Ambos também reivindicam reajuste salarial e reestruturação de carreiras e estão insatisfeitos com a proposta do presidente Jair Bolsonaro (PL) de conceder tratamento diferenciado a carreiras policiais.
Ontem, após o fim da greve dos médicos peritos do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), os demais servidores do órgão decidiram encerrar a paralisação da categoria que já durava cerca de dois meses. A decisão aconteceu após acordo com o Ministério do Trabalho e Previdência.