Os servidores do Banco Central decidiram, em assembleia realizada nesta terça-feira (17), manter greve por tempo indeterminado. A paralisação havia sido retomada no dia 3 de maio, após suspensão em 19 de abril. A categoria reivindica reajuste salarial de 27% para repor as perdas inflacionárias nos últimos três anos sem aumentos.
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Em nota divulgada nesta quarta, o Sinal (Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central) disse que "o percentual solicitado (27%) busca apenas resgatar a inflação do período, uma vez que a defasagem a ser registrada desde janeiro de 2019 até dezembro de 2022 supera este índice".
Segundo o sindicato, a recomposição exigida "não representaria grande impacto no Orçamento da União, haja vista o quadro do BC ser reduzido é altamente produtivo".
"Só para se ter uma ideia, nos últimos 3 anos, mesmo com a ocorrência da pandemia da Covid-19 e o consequente trabalho remoto, o corpo funcional do BC entregou para a sociedade serviços de elevada importância, como o Pix, o Sistema de Valores a Receber (SVR) e o Open Banking".
"Apesar dessas entregas, de alto valor para a economia e para a sociedade e de
reconhecidas qualidades técnicas, os patamares salarias dos servidores do
Banco Central do Brasil estão abaixo daqueles auferidos por carreiras de igual
importância para o Estado e por atividades em setores congêneres da iniciativa
privada, considerando a formação acadêmica e atribuições inerentes ao cargo", continua.
A paralisação tem prejudicado a publicação de diversos relatórios e indicadores econômicos da entidade monetária, como o Boletim Focus e o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), previstos para esta segunda-feira.