Símbolo de otimismo e prosperidade no mercado financeiro, o Touro de Ouro, da B3
, parece não ter dado muita sorte aos investidores. Desde a data de sua instalação, em 16 de novembro, até o dia da sua retirada, que aconteceu ontem (23), a Bolsa de Valores registrou uma queda de 1,13%.
A escultura estava instalada em frente ao prédio da B3, na rua XV de Novembro, no centro de São Paulo. Ela foi financiada pela própria instituição, em parceria com o economista e educador financeiro Pablo Spyer e criada pelo arquiteto e artista plástico Rafael Brancatelli.
A escolha do touro não foi aleatória. Monumentos parecidos podem ser encontrados em Wall Street, nos Estados Unidos, e em Frankfurt, na Alemanha. Uma crença popular diz que esfregar as mãos no chifre, no focinho ou nos testículos do animal traz sorte e dinheiro.
Mas parece que não foi isso que aconteceu... Desde o início, o touro foi alvo de protestos. Um dia após a sua instalação, a escultura amanheceu com cartazes colados contra a fome . Depois, foi marcada com inscrições como "taxar os ricos" . Mais recentemente, ainda recebeu um churrasco feito por uma ONG a moradores em situação de rua .
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Na última terça-feira, a prefeitura de São Paulo determinou a remoção do Touro de Ouro . Apesar de ter sido autorizada pelo gabinete, a obra não havia sido submetida à Comissão de Proteção à Paisagem Urbana (CPPU), da Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento.
A CPPU afirma que o Touro tinha um caráter predominantemente "publicitário ou promocional", o que é vedado pela Lei Cidade Limpa. A Comissão também resolveu multar os responsáveis pela escultura e disse, em nota, que vai intimá-los pelo descumprimento das normas.
Abaixo, veja o vídeo da retirada: