A reforma da Previdência Social fez com que o número de concessões do benefício por invalidez caísse 58,15% de novembro de 2019 até hoje. A modalidade de aposentadoria ficou mais difícil a partir de novas regras implementadas pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
O portal Metrópoles informa que em 2019, ano que a medida entrou em vigor, foram concedidas 266.912 aposentadorias por invalidez. Em 2020, com a implementação da reforma, o número caiu para menos da metade, com 111.688 benefícios pagos por incapacidade permanente, uma redução de 155.224 segurados.
Em 2021 o número de beneficiários que conseguiram o benefício segue baixo. Nos primeiros seis meses do ano foram 53.746 aposentadorias por invalidez, 6,8% menor que o mesmo período de 2020.
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Segundo o advogado especialista em Previdência, João Badari, o benefício também sofreu redução. Antes, era calculado a partir das contribuições realizadas pelo aposentado. Após a reforma, muitos beneficiários tiveram seus cálculos feitos considerando o auxílio-doença.
"Antes da reforma, o montante a ser recebido pelos aposentados era calculado a partir de uma média do valor total das contribuições do segurado realizadas desde julho de 1994, desconsiderados os 20% menores salários de contribuição. Com a reforma, o cálculo passou a ser feito a partir de um percentual de 60% da média somado a 2% para cada ano de contribuição no caso de mais de 15 anos de contribuição acumulados, para as mulheres, e 20 anos, para os homens. Com a decisão da Turma Recursal, os aposentados incapacitados podem voltar a receber o valor máximo de benefício", explica Badari.