A economia brasileira cresceu pelo quarto mês seguido em agosto, mas desacelerou, com alta de 1,06% na comparação com o mês anterior, de acordo com o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), divulgado nesta quinta-feira (15).
Apesar de ser o quarto mês seguido de números positivos no índice, a prévia do PIB apresenta uma desaceleração em relação ao que estava sendo visto nos meses anteriores. Depois de uma queda histórica de 9,27% em abril, maio registrou um início de recuperação de 1,7%, seguido de um crescimento expressivo em junho de 5,3% com a retomada de vários setores da economia, e um aumento menor em julho, de 3,7%.
Apesar dos números positivos, a comparação com o mesmo período de 2019 mostra que o buraco da economia ainda é grande. Em relação a agosto do ano passado, a queda do IBC-Br foi de 3,9%. No ano, a redução chega a 5,4%.
O IBC-Br é considerado uma espécie de prévia do PIB por calcular o índice de atividade econômica, mas usa metodologia diferente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo número oficial.
Na estimativa desse número oficial, o Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê um tombo de 5,8% do ano , um número significativamente menor do que os 9,1% previstos pelo mesmo órgão em julho . O Banco Central também fez um movimento semelhante, diminuindo sua projeção de queda da 6,4% para 5% .
Já o boletim Focus , que reúne as expectativas de mercado para os principais índices econômicos, mostra uma queda de 5% no PIB este ano, seguido de uma recuperação de 3,5% em 2021 e uma taxa de crescimento de 2,5% em 2022 e 2023.