Após a retração histórica de 9,7% registrada pelo Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre, o governo vê sinais de retomada da economia brasileira nos meses seguintes. Em nota, o Ministério da Economia afirmou que o pior momento da crise causada pela pandemia foi em abril. Segundo a pasta, dados mensais indicam melhora dos resultados.
"Apesar da queda do PIB no segundo trimestre, os indicadores das pesquisas mensais do IBGE mostram que o vale da atividade foi em abril e que, desde então, a economia tem se recuperado. Os indicadores coincidentes também sugerem que o crescimento no 3º trimestre será elevado, revertendo parcialmente as perdas ocorridas no trimestre passado", diz a nota da Secretaria de Política Econômica (SPE).
De acordo com o comunicado, dados como o de produção e a venda de veículos, como caminhões e motocicletas, reforçam a expectativa de retomada em julho. O texto cita ainda aumento da produção de papel ondulado e fluxo de veículos pesados, usados como indicadores do ritmo da atividade econômica.
A nota reforça ainda a defesa de reformas para a recuperação da economia. "A recuperação pujante da economia só será possível com a retomada da agenda de reformas e consolidação fiscal. O diagnóstico do baixo crescimento da economia brasileira é a baixa produtividade, resultado da má alocação de recursos", diz o texto.
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Guedes também comentou resultado do PIB
O ministro da Economia, Paulo Guedes , se referiu à queda do PIB no segundo trimestre deste ano como um "som distante". Para ele, a atividade econômica está se recuperando e o Brasil vai crescer em “V”. Ou seja, após uma forte queda na economia, haveria uma retomada semelhante, na mesma velocidade.
"A economia já começa a retomada em V, mas o registro do segundo trimestre ainda é uma queda de 10%, que aliás é o que todo mundo previa. Esse foi o impacto inicial, uma queda de aparentemente 10%, mas na verdade é um som distante, é o som do impacto da pandemia lá atrás e é onde o Brasil ficaria caso não tivéssemos feito todas as medidas que fizemos", disse Guedes, durante audiência na comissão do Congresso que acompanha as medidas tomadas contra o novo coronavírus.
O ministro citou medidas tomadas pelo governo, como o auxílio emergencial e o programa de manutenção de empregos , além do socorro a estados e municípios , para justificar a retomada em V.
O ministro também comentou o anúncio de mais quatro parcelas de R$ 300 do auxílio emergencial. Segundo ele, é uma “aterrissagem” depois de cinco pagamentos de R$ 600.
"Está havendo uma tentativa de uma aterrissagem suave, descendo para R$ 300, quatro prestações até o fim do ano. Essas são as últimas camadas de proteção que estamos lançando", disse Guedes.