Depois de três meses desde o início do programa de auxílio emergencial e inúmeras denúncias de fraude, a Receita Federal e o Ministério da Cidadania, fecharam um convênio na quinta-feira (9) para coibir fraudes no benefício.
O acordo vai possibilitar que os dois órgãos troquem informações e façam operações “de caráter preventivo e repressivo” contra as fraudes. Serão usados os dados do Cadastro Único e do banco de informações do Imposto de Renda.
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O auxílio chegou diretamente a 65 milhões de brasileiros. No início da semana, o Tribunal de Contas da União (TCU) identificou 230 mil empresários que receberam o auxílio entre 620 mil que apresentam indícios de terem recebido o benefício indevidamente.
Em nota divulgada na quinta-feira, o Ministério da Cidadania disse que 399 mil benefícios foram bloqueados por indícios de irregularidades. Segundo a pasta, isso significa uma margem de erro de 0,44%.
Segundo levantamento da Controladoria-Geral da União (CGU), 300 mil servidores federais, estaduais e municipais receberam o benefício. O estudo aponta para R$ 222,9 milhões que deverão ser devolvidos.
Além de servidores, militares e jovens de classe média também receberam indevidamente o benefício. Sobre as fraudes, o ministro do TCU, Bruno Dantas, chegou a dizer que “milhões de filhos da classe média alta estão recebendo o auxílio emergencial”.