A busca por uma nova oportunidade de trabalho nem sempre é fácil. Além de ter cuidado na hora de elaborar o currículo , o candidato também deve estar atento em fazer com que o documento chegue até as mãos do recrutador responsável pela vaga desejada da melhor maneira possível.
Felizmente, a tecnologia possibilita várias formas de enviar um currículo , fazendo com que a época em que as pessoas iam até as empresas pessoalmente para entregar o CV fique mesmo para trás. Mas, a variedade de opções também pode deixar dúvidas: saber qual é a melhor plataforma para mandar um currículo nem sempre é fácil, e pode fazer toda a diferença na seleção, apontam os especialistas.
“Tudo depende do que o candidato está buscando”, afirma Lucas Oggiam, gerente executivo da Michael Page, empresa de recrutamento especializado em executivos para média e alta gerência.
Ele explica que o perfil de quem está procurando a vaga e a área de atuação são pontos relevantes na hora de escolher a melhor plataforma. “Notamos que os sites de vagas , por exemplo, ajudam bastante e são válidos, mas neles existe uma concorrência maior quando se fala de plataformas mais populares, que todo mundo tem acesso. O ideal é achar uma que se adeque ao que você busca e a sua qualificação enquanto profissional”, orienta.
Para Mateus Pinho, head de marketing da Revelo, um plataforma de recrutamento digital que mostra os candidatos para as empresas usando tecnologia de inteligência artificial, o ideal é procurar uma plataforma que seja pensada para o que o candidato está procurando.
“Para um designer, por exemplo, que são profissionais que precisam mostrar um portfólio com os trabalhos anteriores, plataforma mais tradicionais não seriam tão indicadas, porque não há espaço para esse tipo de conteúdo”, fala.
Além de analisar qual o melhor meio de acordo com as qualificações do candidato e profissão, é importante saber que cada plataforma tem suas particularidades e algumas dicas podem fazer com que o currículo se destaque diante dos outros.
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1. Site oficial da empresa
Se você já tem uma empresa em vista para quem deseja trabalhar, se cadastrar no próprio banco de talentos, por meio do site oficial da companhia pode, sim, ser uma opção válida.
Empresas com estrutura de recrutamento própria priorizam esses candidatos, que costumam preencher formulários com seus dados pessoais e enviam seus currículos. Atenção para deixar claro as áreas de atuação que você poderia colaborar para facilitar o contato entre candidato e empregador.
2. Redes sociais
As redes sociais também são ferramentas potentes e que ajudam muitas pessoas a se conectarem com seus futuros empregadores. No entanto, é preciso estar frequentemente conectado e com o perfil atualizado para não perder nenhuma possível oportunidade.
“Essa é uma maneira mais passiva de busca de emprego, já que, na maior parte dos casos, a empresa é quem procura seu perfil e não o contrário”, afirma Pinho, ressaltando que o LinkedIn é realmente a maior rede social de negócios , mas não a única: Viadeo, Xing e Bebee também são opções.
O executivo da Revelo também chama a atenção para o fato de que, por serem redes sociais populares, ao analisar pelo ponto de vista de recrutador, uma das maiores dificuldades é descobrir quem realmente está em busca de um novo emprego.
“Não tem como saber. De 100 pessoas que a gente manda mensagem, apenas 6 vão responder. É difícil as pessoas acessarem sempre a rede social, o que dificulta a comunicação com os empregadores”.
Para os assíduos nessas plataformas, uma dica é criar uma rede de conexões que tenham a ver com a área de atuação que você está inserido ou pretende entrar. Não são raras as vezes que outros membros publicam oportunidades de emprego em seus feeds de notícia. Se a pessoa for próxima, vale uma conversa no privado para tentar saber mais detalhes sobre a vaga e até tentar uma indicação.
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3. Sites de recrutamento
Sites de recrutamento, como Vagas.com, Catho e Trampos, estão entre as principais fontes de contratações. Lá, é possível encontrar vagas de muitas empresas e em diferentes setores. Mas, nem sempre, essa condição é uma vantagem.
“Por serem plataformas populares, o candidato tem à disposição um mar de oportunidades. Tentar encontrar a que ele se enquadre pode exigir esforço e filtragem adequada”, afirma Pinho.
Para os recrutadores, o ideal é que quem esteja se candidatando tenha o perfil mais aproximado com o que a descrição da vaga pede, já que, nesses casos, várias pessoas também devem estar tentando a mesma oportunidade e destaca-se quem tiver as qualificações exigidas.
“Focar seu currículo em palavras-chave que estejam relacionadas a busca pode ajudar. Para isso, é extremamente necessário que se leia o que a vaga pede. As pessoas, muitas vezes, não sabem para o quê eles estão se candidatando e, obviamente, a pessoa que está recrutando vai buscar o currículo que mais tenha relação com a vaga”, orienta o gerente executivo da Michael Page.
4. O bom e velho e-mail
Não, ele não morreu. Enviar currículo por e-mail ainda é uma opção e pode dar muito certo, se feito da maneira correta. Nesse caso, é preciso estar bem alinhado com o remetente para que sua mensagem não vá parar diretamente na lixeira eletrônica.
Primeiramente, é importante saber para quem o currículo está sendo enviado. Conhecer a pessoa, ou pelo menos se certificar de que ela está disposta a receber currículos é uma maneira de aumentar as chances de seu documento ser lido.
“Se você tiver o contato direto da pessoa que está contratando, isso pode te levar até mais longe no processo seletivo. Mas, se não tiver nenhum relacionamento, seu e-mail pode parecer invasivo”, alerta Oggiam.
Na hora de enviar o e-mail, é importante colocar logo no assunto a vaga que quer disputar. Isso facilita para o recrutador. Escrever um texto no corpo do e-mail também é importante. “Faça um e-mail de verdade. Muitas vezes recebemos mensagens sem assunto, sem texto, e-mails encaminhados… nada disso ajuda o candidato. Dedique-se ao e-mail. Não precisa escrever uma carta ou algo assim, mas coloque algumas informações breves e objetivas sobre o que você busca e quem é você”, indica Pinho.
Segundo o representante da Revelo, o processo de avaliação do candidato começa no momento do primeiro contato com o recrutador. “Tudo é avaliado. Se a pessoa demonstrar que é prolixa ou não souber se expressar bem no corpo do e-mail, ela já vai ter um ponto contra ela”, lembra ele, que reforça: “E não se esqueça de anexar o currículo! É muito comum chegar e-mails sem o anexo”.
5. E o Whatsapp?
Pode parecer estranho, mas enviar um currículo por Whatsapp não é uma prática tão incomum assim. As mesmas dicas para quem quer enviar o currículo por e-mail devem ser levadas em conta por quem deseja usar essa ferramenta.
Nesse caso, no entanto, a certeza de que a pessoa que vai receber a mensagem está realmente disposta a isso deve ser ainda mais precisa para não tornar a abordagem abusiva e intrometida. Escrever um texto ainda mais breve e anexar o arquivo em PDF (que possa ser aberto em qualquer dispositivo) também são orientações valiosas.
Independente de qual seja a plataforma que você escolher para enviar seu currículo , tenha em mente que o recrutador recebe uma quantidade significativa de documentos para avaliar. O tempo que ele terá para ler o seu é contado em segundos.
Por isso, é preciso sempre se certificar de que seu perfil está alinhado à vaga, tem as competências necessárias e expressar isso da maneira mais objetiva possível para se destacar
e conseguir ser chamado para a tão desejada entrevista. Boa sorte!