O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), afirmou nesta terça-feira (16) que o Senado "certamente" irá incluir estados e municípios na reforma da Previdência. Bezerra destacou que a Casa representa os estados e que "não faz sentido" a possibilidade de existir um sistema previdenciário em cada estado.
"Aqui é a Casa da Federação. O Senado representa os estados brasileiros, cada estado tem três senadores. Não faz sentido você ter uma reforma da Previdência com 27 sistemas previdenciários distintos. Então, aqui no Senado certamente vai ser aprovada a inclusão de estados e municípios", afirmou.
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Bezerra defende que a questão seja tratada em outra Proposta de Emenda à Constituição (PEC), separada do texto principal, que teria que ser enviada para a Câmara. Ele acredita que dessa vez há uma chance de deputados aprovarem a inclusão de estados e municípios
— esse ponto constava na proposta original, mas foi retirado durante a tramitação na Câmara.
"Acho que esse sentimento vai prevalecer no Senado e vamos ter outra chance de essa matéria ser apreciada pela Câmara dos Deputados em um ambiente melhor, de compreensão e de entendimento", complementou.
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Ao contrário do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e da presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Bezerra acredita que a reforma poderá ser aprovada em 45 dias
. Alcolumbre e Tebet apostam em uma tramitação de até 60 dias.
"Nós trabalhamos com o prazo de 45 dias a partir da chegada da reforma da Previdência aqui no Senado. Como ela ficou de ser votada em segundo turno na Câmara dos Deputados até o dia 7 ou 8 de agosto, a nossa expectativa é que a gente possa concluir a votação em dois turnos no Senado Federal até aproximadamente o dia 20 de setembro", disse.
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O líder do governo aposta que a proposta deve ser aprovada com um placar entre 54 e 60 votos favoráveis. São necessários 49 votos para a aprovação. "A avaliação nossa é que o governo deverá ter, para a votação da reforma da Previdência , entre 54 e 60 votos, mais ou menos. Um pouco mais, um pouco menos. Isso para o texto que sair da Câmara", concluiu.