O comportamento do preço dos imóveis não foi homogêneo entre as cidades monitoradas pelo indicador: dez dos 20 municípios analisados registraram aumento mensal de preço igual ou superior a 0,10%
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O comportamento do preço dos imóveis não foi homogêneo entre as cidades monitoradas pelo indicador: dez dos 20 municípios analisados registraram aumento mensal de preço igual ou superior a 0,10%

O Índice FipeZap, que monitora a variação do preço dos imóveis residenciais em 20 cidades brasileiras, encerrou o mês de novembro próximo da estabilidade, com alta de 0,06% em relação a outubro. Para o mês passado, segundo Boletim Focus divulgado na última segunda-feira (3), é esperada uma deflação ("inflação negativa") de 0,06%. 

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Assim como aconteceu em outubro, o comportamento do preço dos imóveis  não foi homogêneo entre as cidades monitoradas pelo indicador. Dez dos 20 municípios analisados registraram aumento mensal de preço igual ou superior a 0,10%, com altas mais expressivas em Curitiba (1,72%), Florianópolis (0,65%) e Contagem (0,53%).

Em contrapartida, outras cinco cidades observadas pelo  FipeZap  apresentaram queda nominal – isto é, que não leva em consideração a inflação do período – igual ou inferior a 0,10%. Os maiores recuos nos preços foram anotados em Niterói (-0,49%), Recife (-0,34%) e Rio de Janeiro (-0,33%).

De acordo com o indicador, o valor médio dos imóveis nas cidades estudadas foi de R$ 7.521/m². Mesmo com a queda nos preços, o Rio de Janeiro se manteve como o município com o metro quadrado mais elevado do país (R$ 9.405/m²), seguido por São Paulo (R$ 8.841/m²) e Distrito Federal (R$ 7.787/m²), que é avaliado como se fosse uma cidade só.

Os menores preços médios foram encontrados em Contagem (R$ 3.537/m²), Goiânia (R$ 4.194/m²) e Vila Velha (R$ 4.702/m²).

Balanço parcial de 2018

De janeiro a outubro, segundo o FipeZap, o preço dos imóveis residenciais recuou 0,32% em termos nominais, o que, considerando a inflação do período, corresponde a uma queda real de 3,94%
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De janeiro a outubro, segundo o FipeZap, o preço dos imóveis residenciais recuou 0,32% em termos nominais, o que, considerando a inflação do período, corresponde a uma queda real de 3,94%

De janeiro a novembro, segundo o FipeZap, o preço médio de venda de imóveis residenciais recuou 0,32% em termos nominais, o que, considerando a inflação de 3,76% acumulada no período, corresponde a uma queda real de 3,94%.

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Individualmente, cinco das 20 cidades monitoradas registraram queda nominal nos valores de venda. Destas, pelo quarto relatório consecutivo, se destacaram Rio de Janeiro (-3,57%), Niterói (-3,55%) e Fortaleza (-2,04%).

Outros 12 municípios apresentaram variação acima de 0,10% e acumularam alta mais expressiva em 2018. São Caetano do Sul lidera com 2,31%, seguido por Goiânia (2,11%) e Vitória (2,01%), que ultrapassou  São Paulo  no levantamento de outubro e se manteve na terceira posição.

Preço dos imóveis nos últimos 12 meses

Dentre os municípios em que houve aumento nominal do preço dos imóveis em novembro, as maiores variações foram registradas em São Caetano do Sul (3,03%), Vitória (2,64%) e Goiânia (2,57%)
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Dentre os municípios em que houve aumento nominal do preço dos imóveis em novembro, as maiores variações foram registradas em São Caetano do Sul (3,03%), Vitória (2,64%) e Goiânia (2,57%)

Entre novembro de 2017 e novembro de 2018, o Índice FipeZap apontou recuo nominal de 0,31% no preço dos imóveis residenciais. Nesse intervalo de tempo, seis das 20 cidades pesquisadas apresentaram queda nos valores, lideradas por  Rio de Janeiro  (-3,80%), Niterói (-3,71%) e Fortaleza (-2,05%).

Dentre os municípios em que houve aumento nominal do preço dos imóveis, as maiores variações foram registradas em São Caetano do Sul (3,03%), Vitória (2,64%) e Goiânia (2,57%).

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Todas as cidades analisadas registraram variação de preço inferior à inflação acumulada nos últimos 12 meses (4,22%). Como resultado, o Índice FipeZap registra queda real de 4,35% no período.

Metro quadrado por bairro

Em Florianópolis, cidade da famosa Ponte Hercílio Luz, os bairros com o metro quadrado mais caro são Jurerê Internacional (R$ 9.145/m²), Jurerê (R$ 8.531/m²) e Agronômica (R$ 8.407/m²)
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Em Florianópolis, cidade da famosa Ponte Hercílio Luz, os bairros com o metro quadrado mais caro são Jurerê Internacional (R$ 9.145/m²), Jurerê (R$ 8.531/m²) e Agronômica (R$ 8.407/m²)

São Paulo (SP)

Mais caros: Cidade Jardim (R$ 22.959/m²), Vila Nova Conceição (R$ 17.929/m²), Vila Olímpia (R$ 14.002/m²), Itaim Bibi (R$ 13.628/m²) e Jardins (R$ 12.431/m²)

Mais baratos: São Miguel Paulista (R$ 4.363/m²), Itaquera (R$ 4.298/m²), Artur Alvim (R$ 4.094/m²), Itaim Paulista (R$ 3.864/m²), e Cidade Tiradentes (R$ 3.628/m²)

Rio de Janeiro (RJ)

Mais caros: Leblon (R$ 20.455/m²), Ipanema (R$ 18.935/m²), Lagoa (R$ 16.088/m²), Gávea (R$ 15.966/m²) e Jardim Botânico (R$ 14.683/m²)

Mais baratos: Cavalcanti (R$ 2.508/m²), Paciência (R$ 2.473/m²), Anchieta (R$ 2.473/m²), Coelho Neto (R$ 2.343/m²) e Pavuna (R$ 2.314/m²)

Belo Horizonte (MG)

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Mais caros: Savassi (R$ 11.374/m²), Santo Agostinho (R$ 10.733/m²), Funcionários (R$ 10.316/m²), Lourdes (R$ 9.665/m²) e Belvedere (R$ 9.168/m²)

Mais baratos: Jardim Leblon (R$ 2.917/m²), Conjunto Califórnia (R$ 2.917/m²), Solimões (R$ 2.838/m²), Serra Verde (R$ 2.680/m²) e Ribeiro de Abreu (R$ 2.364/m²)

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Vitória e Vila Velha (ES)

Mais caros: Barro Vermelho (7.179/m²), Mata da Praia (R$ 6.862/m²), Praia do Canto (R$ 6.674/m²), Enseada do Suá (R$ 6.365/m²) e Bento Ferreira (R$ 5.941/m²)

Mais baratos: Soteco (R$ 2.974/m²), Boa Vista (R$ 2.535/m²), Centro (R$ 2.506/m²), Vale Encantado (R$ 2.419/m²) e Riviera da Barra (R$ 2.024/m²)

Porto Alegre (RS)

Mais caros: Três Figueiras (R$ 9.942/m²), Pedra Redonda (R$ 9.440/m²), Bela Vista (R$ 8.211/m²), Moinhos de Vento (R$ 8.032/m²) e Mont’Serrat (R$ 7.320/m²)

Mais baratos: Vila Nova (R$ 3.510/m²), Navegantes (R$ 3.409/m²), Lomba do Pinheiro (R$ 3.241/m²), Rubem Berta (R$ 3.240/m²) e Restinga (R$ 2.674/m²)

Curitiba (PR)

Mais caros: Batel (R$ 7.421/m²), Campina do Siqueira (R$ 7.306/m²), Alto da Glória (R$ 7.143/m²), Juveve (R$ 7.006/m²) e Mercês (R$ 6.965/m²)

Mais baratos: Sítio Cercado (R$ 3.192/m²), Barreirinha (R$ 3.065/m²), Cachoeira (R$ 2.978/m²), Campo de Santana (R$ 2.893/m²) e Tatuquara (R$ 2.802/m²)

Florianópolis (SC)

Mais caros: Jurerê Internacional (R$ 9.145/m²), Jurerê (R$ 8.531/m²), Agronômica (R$ 8.407/m²), Centro (R$ 7.836/m²) e Campeche (R$ 7.277/m²)

Mais baratos: Capoeiras (R$ 4.287/m²), Carianos (R$ 3.854/m²), Vargem do Bom Jesus (R$ 3.562/m²), Vargem Grande (R$ 2.462/m²) e Rio Vermelho (R$ 2.023/m²)

Recife (PE)

Mais caros: Pina (R$ 7.546/m²), Jaqueira (R$ 7.196/m²), Poço (R$ 6.960/m²), Rosarinho (R$ 6.531/m²) e Boa Viagem (R$ 6.349/m²)

Mais baratos: Derby (R$ 4.149/m²), Iputinga (R$ 4.113/m²), Cordeiro (R$ 3.936/m²), Engenho do Meio (R$ 3.724/m²) e Tejipió (R$ 3.418/m²)

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Fortaleza (CE)

Mais caros: Meireles (R$ 7.644/m²), Mucuripe (R$ 7.146/m²), Praia de Iracema (R$ 6.805/m²), Guararapes (R$ 6.795/m²) e Salinas (R$ 6.608/m²)

Mais baratos: Prefeito José Walter (R$ 2.891/m²), Mondubim (R$ 2.888/m²), José de Alencar (R$ 2.706/m²), Jangurussu (R$ 2.398/m²) e Bela Vista (R$ 2.089/m²)

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