O programa de habitação do governo federal, Minha Casa, Minha Vida (MCMV), foi responsável por mais da metade dos lançamentos imobiliários no terceiro trimestre de 2018. Os dados foram levantados pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e divulgados nesta segunda-feira (26).
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De acordo com o relatório, que utilizou informações de 19 regiões do Brasil, o Minha Casa, Minha Vida lançou 51% do total de novos imóveis. As regiões estudadas pelo levantamento do CBIC somam 19.551 novas unidades habitacionais, ou seja, 91,1% do total absoluto de casas lançadas no país, que é de 21.463.
O índice representa, na prática, 21,4 mil novas casas construídas pelo programa entre julho e setembro deste ano, um aumento de 30,1% em relação ao número de habitações erguidas no mesmo período de 2017. Na comparação com o segundo trimestre de 2018 (abril, maio e junho), no entanto, a quantidade de lançamentos apresentou queda de 17,4%.
Para o presidente da CBIC, José Carlos Martins, o resultado é surpreendente. "O programa entrou em operação real no final de 2009. Até então ele não existia como mercado e hoje é protagonista no mercado imobiliário nacional”, afirmou.
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Martins também destacou a importância do papel do governo federal no sucesso do programa. "É importante o governo atuar como regulador, criando programas e deixando que o mercado atue livremente, que é isso que tem acontecido nesse programa, do maior êxito, indiscutivelmente”, disse.
Três das cinco regiões do Brasil apresentaram mais construções do Minha Casa, Minha Vida do que da rede particular
Entre as novas construções, o maior número de casas feitas pelo governo foi registrado no Sudeste. Foram 5.676 lançamentos do programa no terceiro trimestre, número quase igual ao de lançamentos da rede privada, que somaram 5.744.
Logo atrás aparece o Sul, que apresentou 1.320 novas casas erguidas pelo MCMV , e 2.347 feitas pela iniciativa particular.
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As regiões Centro-Oeste e Norte, ao contrário, registraran os menores número de novas habitações do Minha Casa, Minha Vida
: 926 e 940, respectivamente. Apesar da quantidade mais baixa na comparação com o número de construções das outras regiões, o número de lançamentos do programa nessas regiões é bem maior do que o da iniciativa privada, que inaugurou 527 casas no Centro-Oeste e 288 no Norte. O cenário se repete no Nordeste: foram 1.117 novas casas através do programa social contra 666 particulares.