O Índice FipeZap, que monitora a variação do preço de venda de imóveis residenciais em 20 cidades brasileiras, encerrou o mês de outubro próximo da estabilidade, com queda de 0,06% em relação a setembro. A inflação esperada para o mês é de 0,55%, segundo Boletim Focus divulgado na última segunda-feira (5).
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Assim como aconteceu em setembro, o comportamento do preço de venda de imóveis não foi homogêneo entre as cidades monitoradas pelo indicador. Apenas sete dos 20 municípios analisados registraram aumento mensal de preço igual ou superior a 0,10%, com altas mais expressivas em Curitiba (0,47%), Vitória (0,37%) e Salvador (0,37%).
Em contrapartida, outras seis cidades observadas pelo FipeZap apresentaram queda nominal – isto é, que não leva em consideração a inflação do período – igual ou inferior a 0,10%. Os maiores recuos nos preços foram anotados em Fortaleza (-0,56%), Niterói (-0,40%) e Rio de Janeiro (-0,27%).
De acordo com o indicador, o valor médio de venda de imóveis nas cidades estudadas foi de R$ 7.519/m². Mesmo com a queda nos preços, o Rio de Janeiro se manteve como o município com o metro quadrado mais elevado do país (R$ 9.435/m²), seguido por São Paulo (R$ 8.798/m²) e Distrito Federal (R$ 7.789/m²), que é avaliado como se fosse uma cidade só.
Os menores preços médios foram encontrados em Contagem (R$ 3.518/m²), Goiânia (R$ 4.187/m²) e Vila Velha (R$ 4.678/m²).
Balanço parcial de 2018
De janeiro a outubro, segundo o FipeZap, o preço médio de venda de imóveis residenciais recuou 0,38% em termos nominais, o que, considerando a inflação de 3,91% acumulada no período, corresponde a uma queda real de 4,13%.
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Individualmente, sete das 20 cidades monitoradas registraram queda nominal nos valores de venda. Destas, pelo terceiro relatório consecutivo, se destacaram Rio de Janeiro (-3,25%), Niterói (-3,07%) e Fortaleza (-1,85%).
Outros dez municípios apresentaram variação acima de 0,10% e acumularam alta mais expressiva em 2018. São Caetano do Sul lidera com 2,01%, seguido por Goiânia (1,93%) e Vitória (1,71%), que acabou ultrapassando São Paulo neste levantamento.
Venda de imóveis nos últimos 12 meses
Entre outubro de 2017 e outubro de 2018, o Índice FipeZap apontou recuo nominal de 0,35% no preço de venda dos imóveis residenciais. Nesse intervalo de tempo, sete das 20 cidades pesquisadas apresentaram queda nos valores, lideradas por Rio de Janeiro (-3,84%), Niterói (-3,44%) e Fortaleza (-1,80%).
Dentre os municípios em que houve aumento nominal do preço dos imóveis, as maiores variações foram registradas em São Caetano do Sul (2,92%), Vitória (2,77%) e Goiânia (2,73%).
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Todas as cidades analisadas registraram variação de preço inferior à inflação acumulada nos últimos 12 meses (4,66%). Como resultado, o Índice FipeZap registra queda real de 4,78% no período.
Preço por bairro
São Paulo (SP)
Mais caros: Cidade Jardim (R$ 21.441/m²), Vila Nova Conceição (R$ 17.830/m²), Vila Olímpia (R$ 13.882/m²), Itaim Bibi (R$ 13.595/m²) e Jardins (R$ 12.427/m²)
Mais baratos: São Miguel Paulista (R$ 4.370/m²), Itaquera (R$ 4.276/m²), Artur Alvim (R$ 4.073/m²), Itaim Paulista (R$ 3.870/m²), e Cidade Tiradentes (R$ 3.565/m²)
Rio de Janeiro (RJ)
Mais caros: Leblon (R$ 20.501/m²), Ipanema (R$ 18.963/m²), Lagoa (R$ 16.076/m²), Gávea (R$ 15.990/m²) e Jardim Botânico (R$ 14.727/m²)
Mais baratos: Cavalcanti (R$ 2.508/m²), Paciência (R$ 2.493/m²), Anchieta (R$ 2.492/m²), Coelho Neto (R$ 2.341/m²) e Pavuna (R$ 2.339/m²)
Belo Horizonte (MG)
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Mais caros: Savassi (R$ 11.264/m²), Santo Agostinho (R$ 10.864/m²), Funcionários (R$ 10.310/m²), Lourdes (R$ 9.615/m²) e Belvedere (R$ 9.177/m²)
Mais baratos: Jaqueline (R$ 2.952/m²), Jardim Leblon (R$ 2.906/m²), Solimões (R$ 2.792/m²), Serra Verde (R$ 2.695/m²) e Ribeiro de Abreu (R$ 2.351/m²)
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Vitória e Vila Velha (ES)
Mais caros: Barro Vermelho (7.144/m²), Mata da Praia (R$ 6.911/m²), Praia do Canto (R$ 6.644/m²), Enseada do Suá (R$ 6.304/m²) e Morada de Camburí (R$ 5.825/m²)
Mais baratos: Jockey de Itaparica (R$ 2.856/m²), Boa Vista (R$ 2.555/m²), Centro (R$ 2.456/m²), Vale Encantado (R$ 2.419/m²) e Riviera da Barra (R$ 2.024/m²)
Porto Alegre (RS)
Mais caros: Três Figueiras (R$ 10.042/m²), Pedra Redonda (R$ 9.528/m²), Bela Vista (R$ 8.213/m²), Moinhos de Vento (R$ 8.126/m²) e Mont’Serrat (R$ 7.335/m²)
Mais baratos: Vila Nova (R$ 3.529/m²), Navegantes (R$ 3.428/m²), Rubem Berta (R$ 3.254/m²), Lomba do Pinheiro (R$ 3.235/m²) e Restinga (R$ 2.687/m²)
Curitiba (PR)
Mais caros: Campina do Siqueira (R$ 7.251/m²), Batel (R$ 7.149/m²), Alto da Glória (R$ 7.146/m²), Mercês (R$ 6.982/m²) e Hugo Lange (R$ 6.790/m²)
Mais baratos: Sítio Cercado (R$ 3.220/m²), Barreirinha (R$ 3.125/m²), Cachoeira (R$ 2.904/m²), Campo de Santana (R$ 2.833/m²) e Tatuquara (R$ 2.797/m²)
Florianópolis (SC)
Mais caros: Jurerê Internacional (R$ 9.190/m²), Jurerê (R$ 8.517/m²), Agronômica (R$ 8.375/m²), Centro (R$ 7.803/m²) e Morro das Pedras (R$ 7.239/m²)
Mais baratos: Capoeiras (R$ 4.235/m²), Carianos (R$ 3.906/m²), Vargem do Bom Jesus (R$ 3.523/m²), Vargem Grande (R$ 2.498/m²) e Rio Vermelho (R$ 1.984/m²)
Recife (PE)
Mais caros: Pina (R$ 7.546/m²), Jaqueira (R$ 7.196/m²), Poço (R$ 6.960/m²), Rosarinho (R$ 6.531/m²) e Boa Viagem (R$ 6.349/m²)
Mais baratos: Derby (R$ 4.149/m²), Iputinga (R$ 4.113/m²), Cordeiro (R$ 3.936/m²), Engenho do Meio (R$ 3.724/m²) e Tejipió (R$ 3.418/m²)
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Fortaleza (CE)
Mais caros: Meireles (R$ 7.609/m²), Mucuripe (R$ 7.211/m²), Salinas (R$ 6.857/m²), Guararapes (R$ 6.807/m²) e Praia de Iracema (R$ 6.723/m²)
Mais baratos: Mondubim (R$ 2.940/m²), Prefeito José Walter (R$ 2.797/m²), José de Alencar (R$ 2.648/m²), Jangurussu (R$ 2.463/m²) e Bela Vista (R$ 2.149/m²)