Em 1º de janeiro deste ano, o preço do litro da gasolina nas refinarias era de R$ 1,5087, mais de 28% abaixo do valor atual
Divulgação/Petrobras
Em 1º de janeiro deste ano, o preço do litro da gasolina nas refinarias era de R$ 1,5087, mais de 28% abaixo do valor atual

A Petrobras anunciou, nessa quinta-feira (4), um aumento de R$ 0,10 no preço do litro da gasolina nas refinarias. O novo valor já começará a ser praticado nesta sexta-feira (5). Segundo a companhia, o litro da gasolina A subiu de R$ 1,8326 para R$ 1,9354. O valor do diesel, por enquanto, segue estável em R$ 2,1432.

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Esses valores refletem o preço praticado para as distribuidoras, sem tributos. Posteriormente são acrescentados diversos impostos e margens de lucro em cada etapa do processo, até chegar ao preço final nas bombas. Este último, que atinge diretamente o consumidor, é livre e varia de estado para estado, principalmente pela grande diferença de ICMS.

Em 1º de janeiro deste ano, o preço do litro da gasolina nas refinarias era de R$ 1,5087 e chegou a cair para R$ 1,4337 em 10 de janeiro. Dali em diante, o preço retomou uma tendência de alta gradual, chegando aos valores atuais.

A Petrobras explica que a política de preços para a gasolina e o diesel vendidos às distribuidoras “tem como base o preço de paridade de importação, formado pelas cotações internacionais destes produtos mais os custos que importadores teriam, como transporte e taxas portuárias, por exemplo”.

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A gasolina e o diesel vendidos às distribuidoras são diferentes dos produtos nos postos de combustíveis. São os combustíveis tipo A: a gasolina antes da sua combinação com o etanol e o diesel sem adição de biodiesel. Os produtos vendidos nas bombas ao consumidor final são formados a partir do tipo A misturados a biocombustíveis.

Entenda o preço da gasolina

Do preço da gasolina, 31% correspondem aos valores praticados nas refinarias e outros 45% aos impostos incidentes
Marcelo Camargo/Agência Brasil
Do preço da gasolina, 31% correspondem aos valores praticados nas refinarias e outros 45% aos impostos incidentes

De acordo com cálculos feitos pela própria  Petrobras , os valores praticados nas refinarias equivalem a 31% do preço pago pelos consumidores nos postos. Essa porcentagem aproximada leva em conta a coleta de preços feita pela estatal entre os dias 24 e 30 de março em 13 capitais e regiões metropolitanas do País.

Outros 45% são formados basicamente por tributos. Destes, 29% correspondem ao  ICMS  (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços), recolhido pelos estados, e outros 16% são relativos à Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) e ao PIS/Cofins, de competência da União.

A diferença entre os impostos estaduais e federais está na forma com que são cobrados. O ICMS varia de acordo com o que é praticado nos postos, então cada vez que o preço da gasolina sobe, os estados arrecadam mais dinheiro. O PIS/Cofins e a Cide, ao contrário, são valores fixados por litro: o primeiro é de R$ 0,7925 e o segundo, de R$ 0,10.

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Do restante do preço da gasolina , 12% correspondem ao custo do etanol anidro, que, segundo a lei, deve compor 27% da gasolina comum. Os últimos 12%, por sua vez, são relativos aos custos e ao lucro de distribuidores e postos.


*Com informações da Agência Brasil

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