A dois dias da Black Friday, milhares de pessoas aguardam a mega liquidação para aproveitar as ofertas. Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) mostra que seis em cada dez (58%) brasileiros têm a intenção de fazer compras na data, um aumento de 18 pontos percentuais em relação a 2017.
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Entre os que pretendem fazer compras, 70% consideram a Black Friday uma oportunidade de adquirir itens que estejam precisando com preços mais baixos. Cerca de 30% querem antecipar os presentes de Natal de olho nas promoções, enquanto 12% planejam aproveitar as ofertas mesmo sem ter necessidade de comprar algo no momento.
Em contrapartida, 32% dos entrevistados só devem ir às compras caso encontrem boas ofertas e apenas 10% não pretendem comprar nada. Entre os que não pretendem fazer compras na Black Friday, os principais motivos apontados são falta de dinheiro (28%) e o fato de não precisar comprar nada (22%).
Considerando aqueles que realizaram compras no ano passado, 34% esperam adquirir mais produtos em 2018, 28% comprar menos e 20% a mesma quantidade. Além disso, 32% pretendem gastar mais — sete pontos percentuais acima do previsto em 2017 —, outros 32% gastar menos e 24% esperam desembolsar o mesmo valor.
Entre os consumidores que têm intenção de gastar mais, 30% disseram acreditar que os produtos estarão com preço bom e que vale a pena aproveitar a promoção . Para 26%, há a necessidade de adquirir mais produtos e 23% vão às compras por terem economizado ao longo do ano para poder gastar.
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O presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior, explica que o evento já é uma importante data de vendas para o varejo e as lojas que praticarem descontos reais sairão à frente da concorrência. “As promoções na internet costumam ser mais vantajosas, mas as lojas físicas que souberem oferecer preços competitivos também conseguirão atrair o consumidor”, comenta.
Gasto médio e locais de compra
Os consumidores devem comprar, em média, três produtos e desembolsar R$ 1.145,75 – chegando a R$ 1.268,63 entre os homens e R$ 1.646,67 nas classes A e B. Por outro lado, 30% dos entrevistados ainda não definiram o quanto pretendem gastar. A expectativa dos consumidores para este ano é de que haja um desconto
médio de 45% nos produtos e serviços ofertados.
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A pesquisa também investigou os locais em que os brasileiros farão as compras. Os sites e aplicativos de varejistas nacionais (66%) mantêm a preferência dos consumidores. Na sequência, estão os shopping centers, as lojas de rua e os supermercados, mencionados por 39% dos entrevistados.
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Quanto aos que vão comprar pela internet, 41% disseram escolher os portais que costumam fazer compras, 31% os sites que têm frete grátis e 28% as lojas online de marcas conhecidas. A grande maioria (95%) faz pesquisa de preços antes de comprar, sendo que 53% procuram se certificar de que os produtos estão realmente em promoção e 42% procuram lojas em que os produtos estão mais baratos.
Black Week X Black Friday
Quase metade dos consumidores (48%) pretende fazer suas compras na semana da Black Friday e 23% apenas no próprio dia. Um dado curioso mostra a força da campanha de descontos promovida pelo varejo: 44% pretendem passar a madrugada conectados na internet para garantir boas compras e 64% dos que trabalham pretendem se manter online durante o expediente para ficar por dentro das ofertas.
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A má notícia é que, segundo a pesquisa, 25% dos consumidores costumam gastar mais do que podem com as compras nesta data. “A Black Friday caiu no gosto do brasileiro, mas é importante avaliar se os gastos cabem no orçamento . Não basta apenas pesquisar as melhores ofertas e depois se endividar com a aquisição de itens desnecessários”, alerta a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.
Perfil das compras
Com 38% das menções, as roupas lideram a lista de compras dos consumidores, um aumento de dez pontos percentuais em relação a 2017. Os calçados (32%) ocupam o segundo lugar, enquanto os celulares e smartphones (30%) ficaram com a terceira posição. Em seguida, aparecem os eletrônicos (25%) e os eletrodomésticos (24%).
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A forma de pagamento mais utilizada será a de compras a prazo (68%), sobretudo no cartão de crédito parcelado (49%), sendo que a média de parcelas será de seis prestações. Ao mesmo tempo, 66% disseram que pretendem pagar suas compras à vista, principalmente em dinheiro (47%).
Embora a Black Friday atraia mais consumidores todos os anos, a maioria dos entrevistados (64%) ainda teme ser alvo de fraudes, como roubo de dados bancários ou clonagem de cartões. Motivados por isso, 87% dos consumidores brasileiros garantem que costumam buscar informações sobre a reputação das lojas antes das compras, principalmente em sites de reclamação (61%), nas redes sociais (45%) e no Procon (14%).
Experiências anteriores
Questionados sobre a experiência com a Black Friday em 2017, mais da metade dos consumidores (55%) afirma ter comprado alguma coisa e 78% consideram que valeu a pena. Para 89%, os descontos anunciados pelas lojas eram reais e 83% não encontraram problemas com as compras. Apenas 16% tiveram algum tipo de dor de cabeça.
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Apesar de seis em cada dez entrevistados (64%) terem planejado suas compras, 36% reconhecem que acabaram comprando por impulso e 11% ficaram com o nome sujo. Dentre os consumidores que ficaram negativados por causa de compras feitas no período, 6% já limparam o nome e 5% ainda estão com restrição no CPF.
Metodologia da pesquisa
O SPC Brasil entrevistou 966 consumidores maiores de idade, de ambos os sexos, de todas as classes sociais e das 27 capitais brasileiras para identificar o percentual de pessoas que pretendem comprar na Black Friday . Em um segundo momento, a partir de uma amostra de 600 casos, foi investigado de forma detalhada o comportamento do consumo, gerando um intervalo de confiança de 95%.