Conforme o Boletim Focus publicado nesta terça-feira (12), a projeção do mercado para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano ficou em 3,77%, contra 3,76% na última semana. Ainda sim, a estimativa é melhor do que há quatro semanas, quando estava em 3,82%.
PIB
Já a previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB)
vem melhorando, com a expectativa de crescimento em 2024 dessa semana ficando em 1,78%. Na anterior, o mercado via a alta em 1,77%. Há quatro semanas, era de 1,6%.
O Brasil fechou 2023 com crescimento acumulado de R$ 10,9 trilhões, ou 2,9%, segundo dados do começo de março pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O valor é três vezes maior que o previsto no início do ano passado. A atividade agropecuária cresceu 15,1% de 2022 para 2023, influenciando no desempenho.
No começo de janeiro, o Boletim Focus indicava um crescimento de apenas 0,78% no ano. O número subiu à medida que dados mais otimistas foram divulgados.
Inflação
Segundo o boletim, a expectativa para a inflação em 2024 é de 3,77%. Para os anos seguintes, a projeção permanece em 3,51% em 2025 e 3,50% tanto em 2026 quanto em 2027. É importante ressaltar que o centro da meta oficial para a inflação nestes anos é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.
O BC deu início ao ciclo de aperto monetário em 2021, quando a taxa básica estava em 2% ao ano. A partir desse ponto, os juros aumentaram de forma consecutiva até atingir, em agosto de 2022, o patamar de 13,75% ao ano. A expectativa é de um novo corte de 0,5 ponto percentual na Selic, para 10,75%.
No Brasil, a Selic desempenha um papel fundamental. O BC utiliza esse sistema para influenciar diretamente o ritmo de crescimento e alcançar metas relacionadas à inflação, sendo a variável central da política monetária. E quando a economia apresenta um desempenho fraco e não há riscos inflacionários, é possível reduzir a taxa de juros, estimulando o consumo e os investimentos da população.