Estudo mostra que a epidemia de dengue pode impactar o PIB em 12bi
Alessandra Nogueira
Estudo mostra que a epidemia de dengue pode impactar o PIB em 12bi

O Brasil enfrenta uma epidemia de casos de dengue , com mais de 1 milhão de casos confirmados em 2024, segundo dados do Ministério da Saúde. O número representa mais que o triplo em comparação com 2023.

Um estudo realizado pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) indica que o aumento dos casos de dengue pode impactar em até R$ 12 bilhões na economia nacional.

Segundo o estudo, o Brasil enfrenta o risco de uma queda de até R$ 7 bilhões no Produto Interno Bruto (PIB)  devido à redução da produtividade causada pelos efeitos da dengue . Além disso, os custos relacionados ao tratamento podem atingir a marca de R$ 5,2 bilhões. Esse impacto tem o potencial de resultar na perda de mais de 129 mil postos de trabalho, comprometendo a geração de cerca de R$ 2,1 bilhões em massa salarial.

Aumento dos casos
A secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Ethel Maciel, alertou para o alto número de casos graves de dengue no país – sobretudo entre idosos com algum tipo de comorbidade. A declaração foi dada nesta quarta-feira (28) durante reunião com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems).

“Esse é nosso pior pico dos últimos anos”, disse Ethel. “Precisamos pensar em uma entrada diferenciada para esses idosos no sistema de saúde. Uma porta de entrada para diagnóstico inicial e, para os pacientes que já estão com dengue e apresentaram piora no quadro, outro tipo de atendimento. Eles não podem competir com todos os outros para serem avaliados”, disse.

De acordo com a secretária, apesar do aumento de casos graves, o país registra menor letalidade provocada pela dengue . Os principais sorotipos que circulam no Brasil neste momento, segundo ela, são o 1 e o 2, mas há registros do tipo 3 e do 4. No ano passado, o principal sorotipo em circulação era o 2.

São mais de 7,7 mil casos considerados grave e com sinais de alarme, conforme dados do ministério.

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