Segundo dados divulgados nesta sexta-feira (23) pela Fundação Getulio Vargas (FGV), o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) apresentou uma queda de 1,1 ponto em fevereiro, totalizando 89,7 pontos, marcando o menor patamar desde maio de 2023 (89,5).
A confiança atingiu o seu menor nível em 9 meses, com a elevação das taxas de juros e o aumento do endividamento impactando o otimismo das famílias em relação ao futuro.
Este resultado marca o segundo mês consecutivo de queda, que foi impactado por uma diminuição de 2,3 pontos no Índice de Expectativas (IE), que alcançou 97,9 pontos, refletindo uma forte redução nos indicadores relacionados à perspectiva da situação financeira futura das famílias e da economia em geral. Esse declínio compensou um aumento de 1 ponto no Índice de Situação Atual (ISA), que alcançou 78,6 pontos.
“Apesar da queda gradual dos juros e do nível de endividamento, ambos permanecem elevados e exercendo fortes limitações na situação financeira das famílias, que é refletida na percepção pessimista dos consumidores”, disse Anna Carolina Gouveia, economista da FGV Ibre.
O Banco Central (BC)
sinalizou no final de janeiro que vai cortar a taxa básica, a Selic
, de 11,25% para 10,75% a partir de março. Seria um corte de 0,5 ponto percentual do patamar atual e o menor nível desde março de 2022.