Luiz Marinho diz que é preciso discutir redução da jornada de trabalho
José Cruz/Agência Brasil
Luiz Marinho diz que é preciso discutir redução da jornada de trabalho

Luiz Marinho,  ministro do Trabalho e Emprego, expressou apoio ao debate sobre a redução da jornada de trabalho no Brasil durante uma audiência na Comissão de Direitos Humanos do Senado, nesta segunda-feira (9). Marinho afirmou que chegou a sugerir às centrais sindicais que levem a discussão ao  Congresso Nacional para impulsionar o tema. "Já passou da hora", declarou o ministro aos parlamentares.

"Esse debate da jornada é importantíssimo e eu até brinquei esses dias com as centrais sindicais se eles não iam pautar esse debate. Porque não é um debate meramente de governo, é um debate para a sociedade. Quem é a autoridade para dar a palavra final é o Congresso Nacional, é o Parlamento . Portanto, é preciso se movimentar em relação a isso para que o Congresso possa refletir, avaliar e tomar a decisão se é hora, se é momento de fazer uma nova regulagem de jornada", declarou.

O ministro indicou que ainda não discutiu o assunto com o presidente  Luiz Inácio Lula da Silva (PT). No entanto, ele ressaltou que acredita que Lula não seria contrário a abordar o tema no legislativo.

Marinho defendeu lembrou que já existem debates avançados sobre o tema acontecendo no mundo.

"Eu, particularmente, acredito que passou da hora (de discutir a redução da jornada). Acredito nisso sinceramente. Não conversei com o presidente Lula, evidentemente. Estou falando a minha opinião, não é uma opinião de governo", pontuou.

"Mas tenho certeza que o presidente Lula não bloquearia o debate onde a sociedade reivindicasse que o Parlamento analisasse a possibilidade de redução de jornada sem redução de salário. Até porque acredito que a economia brasileira suportaria", finaliza.

O ministro comanda a pasta desde janeiro de 2023. Marinho conheceu Lula ainda na década de 70, quando ambos eram metalúrgicos no ABC Paulista. Em 1984, ele entrou para a diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, entidade que Lula se tornou símbolo. Doze anos depois, Marinho presidiu a entidade até 2003.

A partir de 2003, ele passou a presidir a  Central Única dos Trabalhadores (CUT). No primeiro governo de Lula, assumiu a pasta do Trabalho em 2005, onde permaneceu até março de 2007. Marinho também comandou a Previdência Social no segundo mandato de Lula e foi prefeito de São Bernardo do Campo entre 2009 e 2016.

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