Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, elogia decisão da Petrobras
Raphael Ribeiro/BCB
Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, elogia decisão da Petrobras

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, avaliou como "acertada" a decisão da Petrobras de reajustar o preço da gasolina e do diesel. A partir desta quarta-feira (16),  o preço do litro de gasolina repassado às distribuidoras subiu R$ 0,41, enquanto o do diesel subiu R$ 0,78.

Segundo Campos Neto, apesar da alta impactar na inflação, a decisão foi correta. "Ontem, tivemos o reajuste dos combustíveis que vai ter um impacto no ano de 2023. Confesso que achei acertado, acho que é acertado. Não é bom ter um distanciamento muito grande do preço [em relação ao mercado externo], mesmo tendo um impacto que, para a gente, é negativo. Para as entidades, foi uma decisão acertada", declarou o presidente do BC, durante o 35º Congresso Nacional da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel).

Nesta terça-feira (15), Campos Neto havia estimado que o impacto dos reajustes na inflação brasileira, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), será de 0,40 ponto percentual (pp) entre agosto e setembro.

Apesar do aumento desta quarta-feira, tanto a gasolina quanto o diesel tiveram queda de preço no acumulado deste ano. Além disso, os preços de ambos os combustíveis seguem abaixo da cotação internacional , de acordo com a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom).

Segundo a Petrobras, o reajuste foi necessário para equilibrar o preço praticado pela estatal com as cotações internacionais. 

"Importante esclarecer que a implementação da estratégia comercial, em substituição à política de preços anterior, incorporou parâmetros que refletem as melhores condições de refino e logística da Petrobras na sua precificação. Em um primeiro momento, isso permitiu que a empresa reduzisse seus preços de gasolina e diesel e, nas últimas semanas, mitigasse os efeitos da volatilidade e da alta abrupta dos preços externos, propiciando período de estabilidade de preços aos seus clientes", disse a empresa, em nota.

"No entanto, a consolidação dos preços de petróleo em outro patamar, e estando a Petrobras no limite da sua otimização operacional, incluindo a realização de importações complementares, torna necessário realizar ajustes de preços para ambos os combustíveis, dentro dos parâmetros da estratégia comercial, visando reequilíbrio com o mercado e com os valores marginais para a Petrobras", completou a estatal.

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