A nova presidenta da Caixa, Rita Serrano e o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante a cerimônia de posse,em Brasília
Valter Campanato/Agência Brasil
A nova presidenta da Caixa, Rita Serrano e o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante a cerimônia de posse,em Brasília

A Caixa Econômica Federal, responsável pela maior parte dos empréstimos consignados atrelados ao Auxílio Brasil, decidiu interromper a modalidade de crédito após a regulamentação promovida pelo governo Lula . A linha de crédito estava suspensa desde o dia 12 de janeiro para revisão.

O banco público cobrava taxa de juros de 3,45% ao mês. No início de fevereiro, o governo federal  reduziu de 40% para 5% o limite de desconto mensal para beneficiários do Auxílio Brasil (atual Bolsa Família) que contratarem a modalidade de crédito consignado. Além disso, o número máximo de parcelas foi reduzido de 24 para seis, e o limite máximo de juros caiu de 3,5% para 2,5% ao mês.

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"A CAIXA informa que os estudos técnicos sobre o Consignado Auxílio foram concluídos e o banco decidiu retirar o produto de seu portfólio. A linha de crédito estava suspensa desde o dia 12 de janeiro para revisão", disse o banco em nota enviada ao iG

"Para os contratos já realizados, nada muda. O pagamento das prestações continua sendo realizado de forma automática, por meio do desconto no benefício, diretamente pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS)", completou.

A presidente do banco, Rita Serrano, em entrevista ao jornal Valor Econômico publicada nesta quarta-feira (22), disse que com as novas regras, a operação "não se paga". 

“Com as novas regras, a operação não se paga. Além disso, esse produto teve um cunho eleitoral, a Caixa foi o banco que mais ofertou crédito, com R$ 7,6 bilhões. É uma excrescência. Não posso ofertar crédito em um auxílio para uma pessoa se alimentar. Na minha opinião, isso tem de ser anulado”, disse.

Ela negou que tenha possibilidade de perdoar as dívidas das pessoas que já contrataram a modalidade de crédito. Se houver perdão da dívida, precisará ser com recursos da União, e não do banco, argumentou. 

Serrano disse também que não teme alta da inadimplência com a revisão que o governo promete fazer nos beneficiários dos programas sociais. Segundo ela, "haverá alguma inadimplência, mas no cálculo dos juros, isso já foi avaliado". 


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