Após uma série de reuniões com membros do setor econômico do atual governo, o futuro ministro da Fazenda Fernando Haddad anunciou, durante coletiva de imprensa, o economista Bernard Appy como o novo membro da pasta, na liderança da reforma tributária
Appy tem sessenta anos e foi o criador da PEC da reforma tributária que prevê um imposto único. Durante sua carreira, o economista comandou entre 2003 e 2008 a Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda e a Secretaria Extraordinária de Reformas Econômico-Fiscais no governo Lula.
Hoje, o ex-prefeito anunciou o economista Gabriel Galípolo como secretário-executivo do Ministério da Fazenda .
Em sua fala, Haddad defendeu a reforma tributária como prioridade em seu governo. Segundo ele, a mudança deve fazer parte do arcabouço fiscal.
Sobre o futuro da equipe da pasta, o futuro ministro afirmou que as avaliações sobre seu grupo devem ser realizadas após a formação completa do time. Haddad também afirmou que ambos os anunciados, hoje, possuem um histórico de diálogo com o mercado.
"Eu peço que vocês façam uma avaliação da equipe quando ela estiver concluída. Eu estou anunciando alguém que nunca se filiou ao PT e até outro dia era presidente de banco. O Appy, duvido que tenha alguma restrição técnica. Eu não vejo como eles podem ser vistos dessa forma", disse.
É a primeira coletiva de imprensa de Haddad após sua nomeação para a liderança do Ministério do governo eleito. Mais cedo, o ex-prefeito de São Paulo se reuniu com Paulo Guedes, e participou de uma encontro com o presidente do Banco Central .
Haddad criticou as medidas econômicas realizadas durante o período eleitoral, afirmando que foram feitas "no calor do momento". Ele ressaltou que já participou de diversos governos, e que deve fortalecer o estado pela "previsibilidade e confiança" do mercado.
Em seu discurso, o futuro ministro afirmou que sua reunião com o presidente do BC foi "franca", e que a experiência da autonomia da instituição é nova para todos no governo.
O ex-prefeito afirmou que deve focar no microcrédito. Segundo ele, o crédito é a ferramenta mais eficiente para a ascenção social junto à educação."Sem educação de qualidade e crédito, não há economia de mercado que prospere. As pessoas têm que ter capacidade e acesso ao crédito. Tributos justos, simples, transparente", afirmou
"Nós vamos interagir sem nenhum objetivo sem ser o aperfeiçoamento da situação do país", continuou. O futuro ministro destacou a responsabilidade federal sobre a população, e afirmou que sustentabilidade dos programas do governo e responsabilidade social devem ser prioridade.
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