Roberto Campos Neto
Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Roberto Campos Neto

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, disse nesta terça-feria (13) que ficará até o fim do seu mandato à frente da autoridade monetária, em 2024. 

Ele disse ainda que a instituição tem autonomia e que a agenda de inovações não deve mudar com a posse do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

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"O Banco Central tem autonomia. Eu fico no cargo mais dois anos. Grande parte dos projetos do BC não é de um presidente ou de uma equipe, é da instituição. Eu peguei um legado muito bom do meu antecessor, que construiu vários caminhos, várias pontes", afirmou, em evento organizado pelo Poder360 e PicPay. 

O atual presidente da autoridade monetária afirmou publicamente em agosto que  não quer ser reconduzido ao cargo quando terminar o seu mandato, em 2024.

Quando o Congresso aprovou a autonomia do BC, incluiu a possibilidade de reeleição a cada quatro anos, o que Campos Neto diz ter sido contrário. Segundo ele, a possibilidade de recondução não seria saudável porque expõe o órgão à vontade política do Executivo.

Apesar de confirmar que a agenda de inovações não será alterada, porque conta com servidores independentes da autarquia, Campos Neto disse que "algumas partes podem sofrer adaptações". 

"Acho que, na outra parte, pode haver mais adaptações. Nessa parte, na visualização do que é o futuro financeiro, vejo que é um pouco independente. Minha resposta é de que não vai mudar com o novo governo. Precisamos de melhorias", disse Campos Neto, sem detalhar quais seriam as adaptações e em que partes relacionadas ao BC.

Campos Neto afirmou ainda que o país precisa avançar na elaboração de uma moeda digital de banco central (CBDC, na sigla em inglês).


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