Mesmo com a redução no preço da gasolina, motivada pelo corte de tributos federais e pelo teto do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), o combustível acumula alta de 42% sob a gestão do presidente Jair Bolsonaro (PL).
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Dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) mostram que o litro da gasolina custava, em média, R$ 4,27 em janeiro de 2019. Já em julho deste ano, o valor médio do combustível chegou a R$ 6,07, de acordo com levantamento obtido entre os dias 10 e 16 deste mês.
Os números levam em conta o valor nominal da gasolina, isto é, não consideram a inflação acumulada no período. Se descontar a inflação medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o combustível acumula alta de 35% entre janeiro de 2019 e junho de 2022.
O cálculo, no entanto, não considera a redução de R$ 0,20 por litro da gasolina nas refinarias , anunciada nesta semana pela Petrobras e que entra em vigor nesta quarta-feira (20). Além disso, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) ainda não divulgou informações sobre a inflação de julho.
Bolsonaro tem atribuído essa queda à troca de comando da Petrobras. Ontem, em conversa com apoiadores no Palácio da Alvorada, o presidente disse acreditar que "a Petrobras vai achar seu rumo agora, (com um) novo presidente".
"Vai começar a dar boa notícia para a gente", afirmou.
O indicato do governo para chefiar a estatal é Caio Paes de Andrade, que assumiu no mês passado. Ele é o quarto executivo à frente da empresa no atual governo.
Apesar da declaração de Bolsonaro, ao anunciar a redução de R$ 0,20 no preço da gasolina, a Petrobras disse que essa acompanhava a estabilização da cotação do petróleo no mercado internacional, que registrou baixa nos últimos dias.