Por reajuste salarial e reestruturação de carreira, servidores do Banco Central realizaram um protesto na manhã desta segunda-feira (4) em frente à sede da autarquia, em Brasília. Cerca de 300 pessoas estiveram presentes, de acordo com o Sinal (Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central).
Atos também aconteceram em Curitiba, Rio de Janeiro e São Paulo.
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O dia 4 de julho foi o escolhido por ser a data limite para que o governo federal pudesse conceder reajuste salarial a servidores públicos
em razão do prazo imposto pela Lei de Responsabilidade Fiscal, que proíbe a elevação de gasto com pessoal nos últimos 180 dias de mandato.
O presidente Jair Bolsonaro (PL), no entanto, já havia descartado reajuste salarial para o funcionalismo público neste ano.
No último encontro, os servidores do BC decidiram cruzar os braços até esta segunda. Tudo indica que amanhã (5), durante assembleia deliberativa, a categoria decida pelo fim da greve.
A partir do próximo semestre, deve-se começar uma nova fase de mobilização, segundo o presidente do Sinal, Fábio Faiad, que não quis dar detalhes sobre como ela deve acontecer.
"Já que a gente conseguiu que o presidente do Banco Central [Roberto Campos Neto] enviasse um projeto para o Ministério da Economia com a reestruturação da nossa carreira e com a criação da retribuição por produtividade, ou seja, um incremento financeiro, a gente agora quer que esses dois projetos vão para o Congresso Nacional e que o Orçamento de 2023 contemple verba para isso também", afirmou.
Os servidores do Banco Central estão em greve de forma ininterrupta desde o dia 3 de maio, após paralisação de duas semanas da greve iniciada em 1º de abril.
A paralisação atrapalhou a publicação de diversos indicadores econômicos, como o Boletim Focus, que traz as projeções do mercado financeiro para inflação, PIB (Produto Interno Bruto), entre outros.