Este 4 de julho é a data limite em que o governo federal poderia conceder reajuste salarial aos servidores públicos com base na Lei de Responsabilidade Fiscal, que impede elevação de gastos com pessoal nos últimos 180 dias de mandato.
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O presidente Jair Bolsonaro (PL), no entanto, já havia admitido que o funcionalismo público ficaria sem aumento neste ano. Em contrapartida, Bolsonaro prometeu dobrar o vale-alimentação para todas as categorias. Mas a promessa não foi oficializada.
Na semana passada, o secretário do Tesouro Nacional, Paulo Valle, afirmou que não haveria vale-alimentação para os servidores, como também não haveria reajuste salarial.
"Já foi anunciado que não haverá aumento neste ano e também não haverá aumento do vale-alimentação. Já foi decidido no âmbito da Junta de Execução Orçamentária", disse.
Há meses, diversas categorias se mobilizam por reajuste salarial e reestruturação de carreira após o presidente Jair Bolsonaro prometer ainda no ano passado aumento apenas para policiais federais, policiais rodoviários federais e agentes penitenciários, que fazem parte de sua base eleitoral.
Em abril, Bolsonaro chegou a avaliar dar um aumento linear de 5% para todo o funcionalismo público. A ideia não foi bem recebida e acabou sendo descartada.
Nesta segunda-feira, último dia para se conceder o reajuste, servidores do Banco Central protestaram em frente à sede da autarquia em Brasília. Atos presenciais também aconteceram em Curitiba, Rio de Janeiro e São Paulo.
Amanhã (5), a categoria realiza uma assembleia deliberativa para discutir os próximos passos da mobilização.