O vice-presidente da República, Hamilton Mourão , disse nesta segunda-feira (4) ser inviável a mudança da política de preços da Petrobras, que obriga o reajuste dos combustíveis de acordo com parâmetros internacionais.
"Acho extremamente complicado. Acho que não há condições de fazer isso por uma razão muito simples: nós importamos combustível. E se alguém vai importar combustível por um preço X e vender aqui a Y, que é menor que X, não tem como, essa conta não para em pé", disse Mourão à jornalistas.
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O presidente Jair Bolsonaro, insatisfeito com a companhia, disse que o novo comandante da estatal vai estudar a possibilidade de mudança da política .
Desde outubro de 2016, a Petrobras adota a política de Preços de Paridade de Importação (PPI), que vincula o preço dos derivados de petróleo ao mercado internacional. Após cinco anos da mudança, o combustível no Brasil concentra a maior alta da história, superando a inflação em mais de 30% .
O vice-presidente também comemorou a redução do ICMS e afirmou que ela não vai afetar o caixa de governadores.
"Vários governadores de imediato tomaram as providências no sentido da redução no ICMS, de acordo com o que tinha sido aprovado pelo Congresso. Outros buscaram recorrer, mas também já diminuíram. Como o preço do combustível está lá em cima, acho que a arrecadação não está caindo, muito pelo contrário, todo mundo está arrecadando mais", declarou.
Mourão completou dizendo que espera queda na inflação nos próximos meses, como sugeriu Campos Neto , Presidente do Banco Central (BC).
"Se espera uma redução. O próprio presidente do Banco Central já disse que vai começar a refecer e óbvio que a questão do preço do combustível é um dos indicadores. Também houve redução do ICMS em energia, que é outro item que também tem uma influência muito grande na inflação. Acho que teremos dias um pouco melhores".