Mesmo tendo fechado sua linha de produção no Brasil, a Ford vai faturar cerca de R$ 500 milhões este ano com exportação de serviços da equipe de engenharia que mantém no país. A montadora mantém uma equipe de 1,5 mil desses profissionais, segundo informou em evento realizado nesta sexta-feira.
De acordo com a montadora, esses engenheiros trabalham no desenvolvimento de veículos globais da companhia. pelo menos um terço das funções embarcadas nos carros, como iluminação, trava de portas, partida remota, climatização, entre outras, é responsabilidade do time brasileiro.
"Temos uma unidade de negócio auto sustentável. Este ano a receita da Ford Brasil será de R4 500 milhões", afirmou o presidente da Ford América do Sul, Daniel Justo.
Em maio, a montadora americana anunciou a contratação de mais 500 engenheiros para seu Centro de Desenvolvimento e Tecnologia do Brasil, com sede em Camaçari, na Bahia. Em Tatuí, no interior paulista, a montadora mantém um campo de provas.
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Justo explicou que a Ford mantém 200 pesquisadores espalhados por 17 estados brasileiros, mais o DF, tocando 120 projetos.
No Rio Grande do Sul, por exemplo, são 21 pesquisadores que trabalham em parceria com a Universidade de Caxias do Sul numa célula focada em grafeno.
O polo de pesquisa brasileiro já tem mais de 70 patentes registradas globalmente.
"A relevância das atividades do grupo na região continua e o time contribui para o desenvolvimento da mobilidade no futuro", disse Justo.
A Ford anunciou em março que vai investir US$ 50 bilhões, até 2026, em eletrificação. Desse total, US$ 11 bilhões serão aplicados na criação de dois megapolos tecnológicos nos Estados Unidos.
A montadora americana anunciou que até 2023 vai produzir 600 mil veículos eletrificados.