O presidente Jair Bolsonaro (PL) comemorou a aprovação da PEC das Bondades e aproveitou para alfinetar governadores do Nordeste por resistirem à redução do ICMS sobre os combustíveis. Em viagem à Bahia nesta sexta-feira (1°), Bolsonaro minimizou o investimento bilionário da proposta e pediu reconhecimento pelas propostas aprovadas no Congresso Nacional.
A PEC foi aprovada na quinta-feira (30) por ampla maioria dos senadores — apenas José Serra (PSDB-SP) votou contra a proposta. O texto eleva os gastos fora do teto de gastos em R$ 41 bilhões e fornece aumento no Auxílio Brasil em R$ 200, além de criar um voucher para caminhoneiros e taxistas.
A medida, segundo o presidente, irá beneficiar as categorias impactadas pela alta dos preços dos combustíveis. Bolsonaro ainda relembrou o projeto de lei que limitou a alíquota de ICMS sobre os combustíveis em 17% e pediu reconhecimento pela aprovação da proposta.
"Eu perguntaria a vocês: estão gostando da baixa dos combustíveis? Há pouco me culpavam pelo aumento. Quando baixa, muito se calam", afirmou.
O presidente ainda criticou os governadores do Nordeste que entraram no Supremo Tribunal Federal (STF) para evitar a redução do imposto. Para Bolsonaro, os governos querem "extorquir o contribuinte".
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"Infelizmente, os nove governadores do Nordeste entraram na Justiça contra redução de impostos estaduais. Não querem colaborar com o povo. Querem arrecadar cada vez mais e extorquir o contribuinte brasileiro".
Sobrou até para o governador da Bahia, Rui Costa (PT), o principal adversário de seu candidato ao governo do estado, o ex-ministro João Roma (PL).
"Infelizmente, na Bahia, o governador não quer reduzir o preço dos combustíveis. Infelizmente, ele entrou na Justiça para tal. Mas vai perder. Vai ganhar o nosso povo", afirmou.
Bolsonaro tem investido no Nordeste para se recuperar na campanha eleitoral. Pesquisas de opinião colocam o presidente com maior rejeição na região.
Enquanto Bolsonaro tem 19% das intenções de voto, segundo a última pesquisa Datafolha, seu principal adversário, o ex-presidente Lula (PT), tem 59%. A rejeição do atual mandatário chega a 65%, sendo a maioria beneficiários de programas sociais do governo federal.