Os embaixadores dos 27 Estados-membros da União Europeia aprovaram nesta quinta-feira (2) o sexto pacote de sanções contra a Rússia por conta da invasão à Ucrânia.
Essa nova rodada de medidas contra o regime de Vladimir Putin era prometida desde o início de maio e prevê um embargo gradual à importação de petróleo russo por via marítima, mas com exceções para aquele transportado por oleodutos.
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O acordo foi alcançado durante uma reunião em Bruxelas e será formalizado na manhã desta sexta-feira (3). A decisão põe fim a semanas de negociações na UE sobre sanções contra o setor de petróleo, um dos pilares da economia russa.
Países como a Itália pressionavam por um embargo à importação de petróleo produzido pela Rússia, mas a Hungria, cujo governo é o mais próximo do Kremlin entre os membros da UE, não concordava com a medida e impedia qualquer acordo.
A solução encontrada foi proibir a importação de petróleo cru e produtos refinados transportados por via marítima daqui a oito meses (e a partir de 2024 para a Bulgária).
O embargo, no entanto, exclui o petróleo fornecido através de oleodutos, o que permitirá à Hungria e a outros países do leste europeu continuar usando o Oleoduto da Amizade, que liga a Rússia a nações da antiga esfera soviética.
A medida dará tempo para países como Hungria, Eslováquia e República Tcheca, que não têm saída para o mar, se prepararem para não depender mais do petróleo russo.
O sexto pacote de sanções também exclui o Sberbank, principal banco da Rússia, do sistema global de compartilhamento de informações Swift.
No entanto, a Hungria ainda conseguiu retirar o primaz da Igreja Ortodoxa da Rússia, Cirilo, da lista de alvos de sanções da UE. O patriarca de Moscou é alinhado ao regime de Vladimir Putin e culpa o Ocidente pela guerra na Ucrânia.
Por conta do apoio à invasão, a UE cogitou sancionar Cirilo, que era descrito em um esboço analisado pelo bloco como "um dos mais importantes defensores da agressão militar russa contra a Ucrânia".
EUA
Também nesta quinta-feira, os Estados Unidos anunciaram novas sanções contra dirigentes do governo, oligarcas e empresas ligadas ao Kremlin e a setores importantes da economia russa.
Entre os alvos apontados pelo Departamento de Estado estão a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, o oligarca do setor siderúrgico Alexei Mordashov e sua família e o magnata do ramo imobiliário God Nisanov.