Influenciada pelo processo de reabertura, a economia brasileira segue sua trajetória de recuperação após dois anos de pandemia de Covid-19. Dados divulgados pelo IBGE nesta quinta-feira (2) mostram que o Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de bens e serviços produzidos pelo país) avançou 1% no primeiro trimestre de 2022 em comparação com o quarto trimestre do ano passado.
Economistas projetavam alta de 1,4%, de acordo com mediana das projeções de 96 instituições financeiras e consultorias ouvidas pelo Valor Econômico na semana passada. O governo comemorou o crescimento.
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O desempenho foi influenciado pela expansão do setor de serviços, que foi duramente afetado durante os períodos de maiores restrição ao funcionamento dos estabelecimentos considerados não essenciais.
Pela ótica da demanda, o resultado positivo do consumo das famílias aponta que está respondendo aos estímulos fiscais concedidos no período.
Perspectivas
Analistas avaliam que a atividade deve seguir no campo positivo, embora com alguma desaceleração na margem. Isso porque há uma continuidade do processo de reabertura econômica e da injeção de estímulos fiscais no período, que podem impulsionar o consumo das famílias por mais tempo.
O desafio com relação ao desempenho da atividade se concentra nas projeções para o segundo semestre, quando é esperado que a economia perca força diante do impacto das altas de juros, ocorridas desde o ano passado.
"Esses fatores que ajudaram no primeiro semestre vão perder força no segundo, e a nossa expectativa é que a economia sinta os impactos de uma politica monetária mais contracionista", afirma Mirella Hirakawa, economista da AZ Quest.