Oito províncias argentinas já enfrentam desabastecimento de diesel
Agência Brasil
Oito províncias argentinas já enfrentam desabastecimento de diesel

Estudo da Federação Argentina de Entidades Empresariais de Transportes de Carga (FADEEAC) mostra que pelo menos oito províncias argentinas têm pouca ou nenhuma oferta de diesel nos postos de combustíveis: Jujuy, Salta, Formosa, Tucumán, Misiones, Corrientes, Entre Ríos e Santa Fe, áreas que fazem fronteira com o Brasil, Uruguai, Paraguai, Bolívia e Chile.

O levantamento, que mapeia em tempo real o fornecimento de diesel na Argentina, começou a ser realizado há cerca de dois meses e inclui informações de 43 câmaras de transporte que compõem a Federação, o que representa cerca de 4.400 empresas argentinas.

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O presidente da FADEEAC, Roberto Guarnieri, ressalta que o desabastecimento já vem ocorrendo há dois meses e atribui a situação à falta de divisas e a dificuldade de avançar rápido em políticas necessárias para o setor.

"É um problema que afeta a todo o país, de diferentes maneiras. A situação mais crítica ocorre no Centro e Norte do país. No Sul, por ora, não foram registradas maiores complicações, mas se não encontrarem uma solução urgente, começaremos a ver desabastecimento. Não podemos transportar a colheita a tempo, nem gado, nem alimentos", pontua o documento. 

De acordo com o estudo, o fornecimento irregular do combustível é refletido no tempo de espera para o abastecimento. Cerca de 31% dos entrevistados entre os dias 5 e 25 de maio disseram ter esperado de 6 a 12 horas para abastecer com diesel; outros 26% afirmaram ter aguardado mais de 12 horas; 26% entre 3 e 6 horas e 17% entre duas e 3 horas.

“Os prejuízos causados ​​por essa situação são muito grandes, do ponto de vista econômico e social. O tempo de espera e a incerteza de um transportador que não sabe quando partirá, nem quando chegará ao seu destino, causa enormes prejuízos”, comentou Guarnieri no documento.

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