Adolfo Sachsida
Anderson Riedel/Presidência da República
Adolfo Sachsida

O assessor especial de Assuntos Estratégicos do Ministério da Economia há pouco mais de dois meses, após passar pela Secretaria de Política Econômica (SPE), o economista Adolfo Sachsida, garante que a economia vai melhorar antes das eleições, em outubro. Em entrevista concedida ao Estadão, ele promete "14 novos instrumentos financeiros" para aumentar o crédito e os investimentos no país.

Sachsida está na pasta desde 2018 e é um dos poucos remanescentes do ministério de Paulo Guedes. O assessor promete que, se o presidente Jair Bolsonaro for reeleito, a política econômica permanecerá a mesma, baseada em  consolidação fiscal e reformas pró-mercado para o aumento da produtividade.

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"A economia vai crescer mais do que o mercado está esperando em 2022, o emprego vai continuar crescendo e o investimento privado seguirá vindo. Vamos dar a resposta dentro de campo, como sempre."

Aos críticos, ele promete que a economia brasileira crescerá mais que o esperado pelo mercado. Isso contando com investimentos de R$ 1,33 trilhão "já contratados, sendo R$ 356 bilhões até 2025".

"Projetos que já foram assinados. Para 2022, são R$ 78,1 bilhões, quase 1% do PIB. Além disso, há R$ 130 bilhões de outorga que recebemos. A segunda mudança pouca gente notou e está relacionada ao crédito. Em dezembro de 2015, 51% do crédito eram livres. Hoje, são 60%. Mexemos de maneira importante nas amarras do crédito."

Ampliação do crédito

De 2015 a 2022, os bancos privados saíram de 44% do total de crédito ofertado para 57%. Para Sachsida, a desestatização do dinheiro representa destinação mais eficiente dos investimentos.  

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"O banco, por exemplo, é obrigado a direcionar a algum tipo de empréstimo. Quando é livre, há a ampliação das possibilidades daquele crédito, financiando investimentos produtivos, e não os que o governo escolhe."

"Criamos nesse governo 14 novos instrumentos financeiros. É uma revolução no mercado de crédito, capitais e garantia. Há alguns anos já existia um grupo debatendo isso. Quando chegamos, havia a discussão se o Brasil cresceria muito ou não, tendo em vista as quedas do PIB. A literatura mostra que, a depender do tipo de choque, as economias perdem de forma permanente 5% do PIB per capita, e o motivo é relacionado às garantias", completa. 

Liberação do FGTS

Na última quarta-feira (20), o governo liberou o  Saque Extraordinário de até R$ 1 mil do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).

O FGTS é um direito do trabalhador com carteira assinada, mas, em geral, só pode ser sacado em situações específicas, como na demissão sem justa causa, em caso de algumas doenças graves, na compra da casa própria ou na aposentadoria. 

Para Sachsida, a liberação "devolve o dinheiro ao legítimo dono". 

"O dinheiro do FGTS é privado, não público, e não caiu do céu. Ele estava em algumas alocações, e agora devolvemos ao legítimo dono, por isso que chama melhorar a alocação de recursos."

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