O ministro da Economia, Paulo Guedes, encontra-se com o presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR) , Eduardo Sanovicz, para discutir uma possível redução no preço do querosene de aviação, que já provoca aumento no preço das passagens e das bagagens despachadas .
Além de Sanovicz, Guedes reúne-se com os presidentes das companhias aéreas Latam, Gol, Azul e Voepass, depois tem encontro marcado com o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque.
A categoria pede a revisão do monopólio da Petrobras sobre os combustíveis e diminuição de impostos e encargos sobre a aviação civil, diz a Folha de São Paulo.
A Petrobras reajustou no início do mês o querosene de aviação em 18,6% , acima das projeções, que previam alta de 17%. A justificativa da estatal foi a volatilidade do barril de petróleo provocada pela guerra na Ucrânia.
Segundo dados da estatal, a média por litro do combustível saiu de R$ 3,96, cotado em 23 de março, e foi reajustada para R$ 4,69 após o aumento.
Leia Também
O querosene de aviação, também conhecido pela sigla QAV-1, é o combustível utilizado em aviões e helicópteros dotados de motores à turbina, como jato-puro, turboélices ou turbo-fans.
Entre no canal do Brasil Econômico no Telegram e fique por dentro de todas as notícias do dia
Segundo a Abear, o combustível aumentou em 76,2% em 2021, superando o aumento do diesel (56%) e da gasolina (42,4%) no mesmo período.
Só no ano passado, o QAV subiu 91%, provocando aumento nas passagens aéreas. Segundo um levantamento feito pela Kayak, plataforma que compara preço de passagens, a pedido de VEJA, o preço das passagens nas rotas mais movimentadas do país disparou até 139% em um ano.
O bilhete de São Paulo ao Rio de Janeiro, por exemplo, custava ao passageiro R$ 504,19 em média em fevereiro e passou a R$ 598,99 no mês passado, uma alta de 19%. Para Recife, passou de R$ 559,82 para R$ 783,57, alta de 40% .