Servidores da Comissão de Valores Imobiliários (CVM) decidiram, em assembleia virtual realizada na última segunda-feira (4), fazer uma paralisação no dia 12 de abril, caso o governo federal não atenda às reivindicações da categoria.
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Os trabalhadores pedem por reajuste salarial de 27,21%, para repor a inflação acumulada nos últimos três anos. Também reinvidicam atualização dos valores do auxílio-saúde; realização de concurso público, para acabar com o déficit de pessoal; revogação do Decreto 10.620, que muda a gestão da aposentadoria dos servidores para o INSS; e uma solução para o destino da Taxa de Fiscalização, que deve pertencer ao orçamento da CVM.
Nesta terça, a diretoria do Sindicato Nacional dos Servidores da CVM (SindCVM) deve reenviar um ofício ao secretário de Gestão e Desempenho de Pessoal, Leonardo Sultani. Diz que tenta contato com a pasta desde novembro de 2021 e que vai esperar uma resposta até a próxima segunda (11).
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"Caso não haja manifestação da secretaria até lá, haverá paralisação na terça-feira (12) e nova assembleia na quarta (13) para votar indicativo de greve", diz o sindicato.
A decisão engrossa o movimento de diversos servidores públicos. Funcionários do Banco Central estão em greve desde sexta (1º) também por reajuste salarial. Já os do Tesouro Nacional também fizeram paralisações e devem voltar a cruzar os braços nesta terça (5). Na quarta (6), é a vez dos analistas de comércio exterior e funcionários da Controladoria-Geral da União (CGU).
A insatisfação dos trabalhadores teve início ainda no ano passado quando o presidente Jair Bolsonaro (PL) prometeu reajuste salarial apenas para policiais federais, policiais rodoviários federais e agentes penitenciários.