Após a desistência do economista Adriano Pires
para presidência da Petrobras, o governo tentou outro nome ainda nesta segunda-feira (4): Décio Odone, ex-presidente da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), ex-funcionário de carreira da Petrobras e atual presidente da Enauta. Segundo o colunista Lauro Jardim, do GLOBO, ele recusou o convite nesta terça (5).
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Enquanto isso, o Secretário especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia, Caio Paes de Andrade é o nome mais cotado para assumir a presidência da empresa. O nome é defendido por ministros do governo e ele já foi entrevistado pelo ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque.
No sábado (2), Rodolfo Landim, que é presidente do Flamengo, também declinou a chefia do Conselho da Petrobras e disse que se concentrará no clube.
Pires, que substituiria Silva e Luna, é dono do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), uma empresa de consultoria que presta serviços a Carlos Suarez e outras empresas do setor.
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A nomeação de Landim e Pires era vista por muitos como uma tentativa do governo e do Congresso para dar espaço aos interesses de Carlos Suarez na Petrobras.
Na sexta (1º), o Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) entrou com pedido de liminar na Corte para impedir que Pires assumisse o comando da Petrobras antes que fosse feita uma investigação para apurar o suposto conflito de interesses.
Além do conflito de interesses, Adriano Pires enfrentava outro problema. Ele queria transferir o comando da consultoria para o filho, mas a Petrobras não permite que seus executivos tenham parentes comercialmente ligados a concorrentes e parceiros comerciais.
A assembleia para eleger os novos nomes do Conselho está marcada para o próximo dia 13 de abril.