Guedes: Indígenas devem ter direito de explorar potássio em suas terras
Edu Andrade/Ascom ME
Guedes: Indígenas devem ter direito de explorar potássio em suas terras

Em uma discussão sobre o mercado de fertilizantes, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta sexta-feira (18) que os indígenas devem poder escolher se querem explorar "riquezas" que estão em terras demarcadas.

"Tem que perguntar para o indígena: 'o que você prefere? Você quer comercializar esse potássio?' 'Queremos', então tem que dar o direito a eles. De repente eles gostam de ver jogo de futebol pela televisão, comprar automóveis, comprar outras coisas", declarou Guedes.

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O ministro ecoou uma demanda do presidente Jair Bolsonaro para que o Congresso libere a exploração econômica em terras indígenas. Bolsonaro utilizou o risco de falta de fertilizantes por conta da guerra na Ucrânia para defender o texto, já que a Rússia é uma grande exportadora do produto.

O projeto enviado pelo governo permite, além da mineração, exploração de gás e petróleo e construção de hidrelétricas. A Câmara acabou por aprovar  a urgência da tramitação na semana passada em meio a protestos de ambientalistas, movimentos sociais e artistas.

Guedes disse que o país tem achado potássio, um dos produtos para fertilizantes, em regiões de Sergipe e Alagoas, além das terras indígenas.

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"Eles têm direito de explorar o potássio, a terra é deles. Nós demos 14% do território nacional para menos de 0,5% da população, agora deixa eles decidirem. Não pode proibir. Ele está sentado em cima de uma riqueza enorme e você vai proibir ele de explorar aquela riqueza?".

'Paraguai virou praticamente um estado brasileiro'

Na mesma oportunidade, ao comentar sobre os impostos cobrados no Brasil, Guedes afirmou que o Paraguai virou "praticamente um estado brasileiro com imposto baixo".

"O Paraguai virou praticamente um estado braisleiro com imposto zero, cresceu, ficou rico porque se beneficia da escala brasileira exportando para o Brasil", disse.

Segundo ele, os impostos altos no Brasil acabam levando negócios que poderiam ser feitos no país para o Paraguai.

"Se nós tivéssemos impostos baixos, os brasileiros não estavam indo pro Paraguai pra fazer soja, chicote elétrico. Tudo que está sendo feito lá, poderia estar sendo feito aqui e está sendo feito lá porque a gente tem imposto muito alto, e o Paraguai inteligentemente baixou os impostos e virou o estado braisleiro mais rico, entre aspas, o que mais cresce", argumentou.

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