João Roma e Bolsonaro na Bahia
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João Roma e Bolsonaro na Bahia

O presidente Jair Bolsonaro cobrou a Petrobras nesta quinta-feira (17) sobre um reajuste para o preço do combustível praticado no Brasil. O presidente espera que a queda no barril de petróleo reflita em uma redução no valor do combustível praticado no país. 

"O preço de paridade internacional do diesel chegando aqui já está abaixo do preço praticado aqui dentro. Estou cobrando a Petrobras, mas não interfiro lá, se pudesse, teria dado outras sugestões", disse em conversa com jornalistas na Bahia.

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"A gente espera que a queda que teve nos últimos dias do [barril de] petróleo, passando de 135 para 100 dólares, a Petrobras anuncie uma redução de preço. Acho que todo mundo espera isso", finalizou. 

Segundo levantamento da Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis), o preço do diesel cobrado pela Petrobras em suas refinarias está 6% acima do mercado internacional, o que permitiria uma redução de R$ 0,27 por litro, viabilizando as importações e afastando o risco de desabastecimento do combustível no Brasil.

Na semana passada, a Petrobras anunciou um aumento de 18,7% na gasolina, de 24,9% no diesel e de 16% no gás de cozinha, para recuperar uma defasagem em relação aos preços no mercado internacional.

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O petróleo Brent, que oscilava acima de US$ 130 na data do aumento, é negociado hoje em torno de US$ 105. 

Lira também cobrou

Pelo segundo dia consecutivo, o  presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, cobrou a Petrobras para que reduza o preço dos combustíveis após a queda do barril de petróleo no mercado internacional e da taxa de câmbio. 

"O barril sobe e a Petrobras aumenta. O barril baixa e a Petrobras não reduz o preço? É importante que a estatal recue o preço do aumento que deu porque o dólar está caindo e o barril está caindo, dois componentes que fazem parte da política de preços os combustíveis", publicou Lira no Twitter.

Bolsonaro estuda mudar direção da estatal

Insatisfeito com o preço dos combustíveis, o presidente Jair Bolsonaro (PL) quer demitir de 2 a 3 diretores da Petrobras , segundo apurou o site Poder 360. O atual presidente da empresa, Joaquim Silva e Luna, também é alvo de críticas, mas descarta pedir demissão. 

A demissão de um integrante do conselho de diretores da Petrobras precisa passar pelo conselho de administração da companhia.

** Luís Felipe Granado é repórter do Brasil Econômico, editoria de Economia do Portal iG, e pesquisador na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)

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